Produção e qualidade de sementes de Paspalum notatum Flügge: impactos do arranjo de plantas, do momento da colheita e do estresse hídrico durante o estágio reprodutivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bortolin, Gabriel Streck
Orientador(a): Pedroso, Carlos Eduardo da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13893
Resumo: O presente trabalho objetivou determinar o momento adequado para colheita das sementes de grama forquilha tetraplóide e estudar fatores associados à semeadura (densidade e espaçamento) que proporcionem elevadas produtividades de sementes logo no primeiro ano de implantação, bem como avaliar os mecanismos fisiológicos e bioquímicos desta mesma espécie quando exposta ao estresse hídrico no estágio reprodutivo e seus impactos na produção e qualidade das sementes. Os resultados obtidos mostram que a implantação via semeadura de 230 sementes viáveis m² possibilitou elevado rendimento de sementes no primeiro ano de implantação (315kg ha-1). A produtividade de sementes no segundo ano após a implantação não foi afetada pelos fatores associados a semeadura. A maturação das sementes de grama forquilha tetraplóide é um processo desuniforme e que o momento adequado para colheita das sementes – com base no percentual de sementes viáveis – pode ser determinado a partir de dois indicativos: o primeiro é visual, o qual está vinculado à presença inicial de degrana em aproximadamente 10%, enquanto o segundo é um método direto, com base na umidade das sementes, em que um percentual igual ou inferior a 33% deve ser preconizado. Na avaliação dos impactos do estresse hídrico, plantas diplóides e tetraplóides cresceram em casa de vegetação sob condições bem irrigadas até o aparecimento das primeiras inflorescências, quando o déficit e o excesso hídrico foram introduzidos e mantidos por dez dias. O desempenho fotossintético de plantas diplóides e tetraplóides não foi afetado pelo alagamento. Em contrapartida, a baixa disponibilidade de água diminuiu a condutância estomática, aumentou a temperatura foliar e resultou na diminuição da taxa de assimilação dos dois genótipos. A atividade da superóxido dismutase nas raízes foi semelhante (sob alagamento) e ainda menor (na seca) à observada nas plantas controle. As raízes das plantas expostas ao déficit hídrico mantiveram um acúmulo de biomassa semelhante ao das plantas controle. Em folhas de plantas previamente expostas à seca, a prolina foi maior mesmo em recuperação. Enquanto as plantas tetraplóides apresentaram maior estabilidade nas características reprodutivas, as plantas diplóides submetidas ao alagamento apresentaram mais inflorescências, porém o número total de sementes formadas por planta foi reduzido pela seca. Os resultados indicam que a síntese de osmoprotetores e a ativação da maquinaria antioxidante são estratégias importantes na tolerância de grama forquilha ao estresse hídrico na fase reprodutiva.