Da educação bancária à educação problematizadora: como as modificações nas estratégias pedagógicas e suas relações com o inacabamento e a autonomia, promovem o aprendizado do educador e da educadora na universidade?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Freitas, André Luis Castro de
Orientador(a): Ghiggi, Gomercindo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7726
Resumo: Considerando a sociedade contemporânea, constata-se, na educação, a dificuldade de possibilitar novas relações no que se refere ao desenvolvimento das atividades teóricas e práticas no espaço-tempo da sala de aula. A obra de Paulo Freire problematiza essa proposição no intuito de encontrar definições que permitam alternativas de tornar os espaços educativos para além de uma proposta estática e narradora. Buscam-se, no pensamento do autor, os dois extremos norteadores deste estudo. Primeiramente, a educação bancária na qual o educando é visto como indivíduo que nada sabe, tornando-se depósito de conhecimento. Por outro lado, a educação problematizadora em que se compreende a humanização em processo, a qual implica a ação-reflexão-ação dos seres humanos sobre o mundo, para transformá-lo. Considera-se que, a partir desses dois extremos, existam várias possibilidades e se possam caracterizar espaços que venham a constituir relações diferenciadas do ensinar e do aprender. Considera-se, inicialmente, a ideia antropológica de inacabamento na tentativa de compreender o movimento nas atividades e práticas entre educador e educadora e, ainda, educandos. O estudo aqui apresentado tem como intuito problematizar as relações educativas como situações gnosiológicas intersubjetivas embasadas essas na categoria inacabamento e na constituição da autonomia transformadora dos sujeitos inseridos nesse contexto. Busca-se desvelar o significado das relações de aprendizagem dos educadores e das educadoras, levando em consideração o exercício e modificação das estratégias pedagógicas. Justifica-se a realização de uma pesquisa qualitativa, para a qual, em um primeiro momento, foi elaborado um estudo etnográfico, seguido de entrevistas individuais, finalizada pela socialização das informações provenientes da banca de qualificação deste trabalho. Para o processo de análise e síntese, utilizou-se o método dialético para o qual se definiram pares construídos a partir de categorias e de ideias-força, previamente determinadas, conforme o referecial teórico freiriano. A análise e a síntese demonstraram as contradições existentes no aprendizado do educador e da educadora no que aproxime a constituir relações educativas horizontalizadas. Percebeu-se que educadores e educadoras, não raro, limitam a vocação freiriana do ser mais, prejudicando seu próprio aprendizado e, de outra maneira, reorganizam as estratégias pedagógicas e, a partir dessas, e em partilha com os educandos, ressignifiquem as aprendizagens.