Resistência de genótipos de batata a Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Teodoro, Jefferson Silveira
Orientador(a): Cunha, Uemerson Silva da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5736
Resumo: A batata é uma das mais importantes culturas com destaque na região Sul do Brasil, principalmente no estado do Rio Grande do Sul. Dentre as diversas pragas subterrâneas, Diabrotica speciosa é considerada a principal, e o seu controle vem sendo realizado por meio de inseticidas químicos, os quais são aplicados de forma generalizada e sistemática. A disposição de cultivares resistentes como um dos componentes obtidos a partir de programas de melhoramento são fundamentais. Essa pesquisa teve como objetivo geral avaliar a reação de genótipos de batata selecionados no programa de melhoramento da batata pela Embrapa Clima Temperado ao ataque de D. speciosa. Foi avaliado o comportamento alimentar de adultos em folhas de dez genótipos, em condições de laboratório. O conjunto de estudos permitiu verificar que os genótipos Asterix, BRS Clara, BRS Eliza e NYL 235-4 formaram um grupo intermediário de consumo, e os demais formaram um menos consumido. Evidencia-se um comportamento de resistência (“não-preferência para a alimentação”) dos genótipos BRS Ana, C2337-06-02, C2337-18-02, C2342-1- 02, C2362-02-02. Objetivou-se ainda avaliar o comportamento de seis genótipos, sob condição de confinamento de adultos de D. speciosa, quanto à resistência ao ataque dos insetos nas folhas e nos tubérculos e alguns caracteres de importância agronômica. Predominaram resultados confirmativos da suscetibilidade da cultivar Asterix e da resistência dos clones NYL 235-4 e C2342-1-02 tanto na parte aérea como nos tubérculos produzidos. Os resultados permitiram ainda evidenciar que o clone NYL 235-4 apresentou também um comportamento de tolerância ao ataque de D. speciosa com uma menor porcentagem de perda em produção de tubérculos, juntamente com o C2337-06-02. Também foram positivos os resultados encontrados para os clones da Embrapa C2337-06-02 e C2362-02-02, que manifestaram resistência ao ataque da fase jovem do inseto nos tubérculos. Além das características relacionadas à resistência a D. speciosa, os clones de batata derivados da espécie silvestre S. berthaultii agregaram caracteres agronômicos desejáveis tais como: melhor rendimento, número de tubérculos total e comercial (C2337-18-02 e NYL 235-4), boa aparência, formato alongado (C2337-06-02, C2337-18-02 e C2362-02-02), pele lisa (C2362-02-02) e profundidade do olho mais rasa (C2337-18-02, C2362-02-02 e NYL 235-4). Também se procedeu a avaliação da reação de seis genótipos, em condições infestação natural, quanto à resistência ao ataque dos insetos nas folhas e nos tubérculos. Evidenciou-se um comportamento de suscetibilidade para o genótipo Asterix e de resistência, do tipo 8 não-preferência para a alimentação de adultos de D. speciosa, para os demais genótipos. Os clones C2337-06-02 e C2337-18-02 formaram o grupo de genótipos com maior número de perfurações nos tubérculos, evidenciando não haver uma relação entre os danos causados por D. speciosa às folhas e aos tubérculos de batata. Os demais clones da Embrapa (C2342-01-02 e C2362-02-02), a cultivar Asterix e o clone NYL 235-4, foram os genótipos com menor registro de perfuração de tubérculos.