Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Maribel da Rosa |
Orientador(a): |
Pizzi, Jovino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14670
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Resumo: |
A presente tese intitulada “A noção de sujeito de sociabilidade em George Herbert Mead: contribuições para uma releitura étnico-cultural do contexto educacional brasileiro” parte do pressuposto que as interações sociais vividas pelo sujeito podem favorecer tanto o desenvolvimento de valores éticos quanto a sua degradação moral e social. Mead reflete o importante papel da Escola na formação do self do sujeito enquanto categoria cognitivo e social que possibilita a este um movimento de autonomia frente ao controle imposto pela sociedade, proporcionando também o desenvolvimento da capacidade da pessoa de tomar decisões no campo pessoal e político. O autor, através de suas reflexões sobre a Escola, defende uma Educação democrática para a formação de sujeitos críticos-reflexivos, condição imprescindível para a cidadania crítica. No entanto, o processo de individualização, a partir do viés teórico de Mead, não obtêm sustentação quando o aproximamos da realidade social brasileira e do papel da Escola enquanto “outro generalizado” no tocante à construção do self do afro-brasileiro. O que se percebe, em geral, são posições antagônicas que delimitam a vida desses sujeitos, situando-os numa subcultura, numa subclasse social, cujo reconhecimento atribuído a eles ainda é o de seres diferentes e inferiores e esse estigma é uma construção social que nasce com a civilização. Por esse motivo, buscou-se fundamentação teórica no filósofo e psicólogo norte-americano no sentido de restabelecer ao afro-brasileiro aquilo que lhe foi ou ainda lhe é negado: o direito à verdadeira construção da identidade, a percepção da consciência de si. O seu self, construído longe das falácias da Democracia racial brasileira, incrustada sob a ideologia da “cegueira de cor”. Para alcançar seu propósito, a tese defende o (re)pensar a Educação brasileira a partir de uma epistemologia triangular, que subsidiará a reconstrução curricular nas instituições de ensino para que, desse modo, o racismo seja combatido na sua estruturação e o sujeito afro-brasileiro reconhecido como igual e capaz, como autor da sua história. |