Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Maristel Carrilho da |
Orientador(a): |
Ghiggi, Gomercindo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7642
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo analisar um projeto de escolarização na e a partir da fábrica, sob o ponto de vista da produção de novas consciências. Após várias observações, entrevistas e participação ativa com os trabalhadores num espaço educacional criado pela empresa, percebi os mais diversos tipos de consciência. Este espaço educacional iniciou na empresa e logo após foi transferido para uma instituição educacional privada, que foi selecionada pelos empresários. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir dos seguintes objetivos: caracterizar interesses dos empresários com um projeto de escolarização em seu ambiente empreendedor; elucidar a vida dos trabalhadores fora e dentro da empresa, participando do projeto, tendo como foco a escolarização; analisar o projeto de escolarização na empresa verificando se o mesmo este adestra e/ou conscientiza. Utilizei considerações freirianas para análise dos dados. A partir dessa experiência, com o projeto educacional na fábrica, chego à principal conclusão: a escolarização na e a partir da fábrica produz um adestramento e consciência crítica, nos alunos-trabalhadores. No momento em que a escolaridade é patrocinada pelo empresário e os trabalhadores utilizam este espaço para ampliar seus conhecimentos, identificam-se como objeto de manipulação empresarial, mas reconhecem-se emancipados intelectualmente no momento em que lutam por justiça em seu ambiente de trabalho. Reconhecem que o empresário está lhes oferecendo uma escolarização, mas com objetivos capitalistas de mercado. Reconhecem que o empresário ganha e o trabalhador também no momento que retornam à escola e convivem com outros alunos/trabalhadores que possuem angústias semelhantes às suas. A partir destas observações percebo que o método da prática educacional que contribuirá para a produção da consciência crítica do trabalhador, não pouco indo “de” encontro aos interesses do empresário, é central para o processo de percepção de si que ocorre com o aluno-trabalhador. |