Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Chagas, Domitila Brzoskowski |
Orientador(a): |
Dellagostin, Odir Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/15099
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Resumo: |
A leptospirose é uma doença zoonótica causada por bactérias do gênero Leptospira, que afeta animais domésticos e selvagens em escala global. Atualmente, não há uma vacina comercial universal disponível para prevenir a doença, o que impulsiona o desenvolvimento de vacinas recombinantes como uma alternativa promissora para combater a leptospirose de maneira mais eficaz. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar protótipos vacinais contra a leptospirose. Na primeira etapa, investigou-se a imunogenicidade e o potencial protetor de vacinas bacterinas de Escherichia coli expressando uma proteína quimérica composta pelos antígenos de Leptospira, LipL32, LemA e LigAni (rQ1). A eficácia dessas formulações foi testada em hamsters, divididos em grupos experimentais que receberam diferentes formulações: bacterina recombinante (com e sem adjuvante de hidróxido de alumínio, Al (OH) 3 ), vacinas de subunidade e controles negativos. A vacinação foi administrada por via intramuscular nos dias 0 e 14. Os resultados obtidos por ELISA indireto demonstraram que o grupo que recebeu a vacina de subunidade apresentou níveis significativamente elevados de imunoglobulinas (P < 0,05), diferenciando-se de todos os outros grupos. O grupo da vacina de subunidade apresentou 50% de sobrevivência, enquanto os grupos vacinados com bacterinas recombinantes mostraram apenas 0-10% de proteção. Nenhum grupo vacinal foi capaz de conferir imunidade protetora significativa contra o desafio letal com a cepa de L. interrogans. Apesar da formulação de subunidade ter demonstrado respostas imunológicas moderadas, sua eficácia ainda é limitada, ressaltando a necessidade de otimizações adicionais para o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a leptospirose. Na segunda etapa do estudo, foi utilizado o antígeno quimérico de Leptospira (rQ1), clonado no vetor pTECH2, para expressão do antígeno em Salmonella Typhimurium LVR01. Hamsters foram vacinados por via oral (OR) e intramuscular (IM) com 2 × 10 unidades formadoras de colônia (UFC) de S. Typhimurium LVR01 carregando pTECH2/rQ1, pTECH2 sozinho ou PBS como controle. As vacinações foram administradas em duas doses, com um intervalo de 14 dias. Após a vacinação, amostras de soro foram coletadas e os anticorpos IgG e sorotipos contra o rQ1 foram medidos usando ELISA indireto. Os resultados mostraram que, no dia 28, anticorpos IgG foram detectados apenas nos hamsters vacinados via IM com a vacina recombinante atenuada de Salmonella. Após a segunda vacinação, os níveis de anticorpos nos hamsters vacinados via IM com pTECH2/rQ1 foram significativamente maiores (P < 0,0001) quando comparados aos grupos controle (PBS e pTECH2). Além disso, os níveis de IgG2/3 contra o antígeno rQ1 no grupo vacinado intramuscularmente foram também significativamente elevados (P < 0,0001) em comparação aos controles. Em contraste, os níveis de anticorpos no grupo vacinado via OR com pTECH2/rQ1 apresentaram diferença estatisticamente significativa (P < 0,05) em comparação aos controles. Concluindo, a vacina atenuada baseada em S. Typhimurium não demonstrou eficácia protetora contra desafio homólogo nos hamsters vacinados com pTECH2/rQ1. Isso sugere que, embora promissora, a plataforma baseada em Salmonella ainda precisa de mais estudos para aprimorar a resposta imune e conferir proteção efetiva. |