Investigação-ação numa experiência integradora de educação profissional para jovens e adultos em situação recorrente de escolarização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mello Filho, Raul Teixeira de
Orientador(a): Kieling, José Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7802
Resumo: Esta dissertação baseou-se numa investigação colaborativa com alunos e professores de duas escolas públicas, uma municipal e outra federal, tendo como teoria-guia os estudos de Paulo Freire. Em uma delas, trabalhei com alunos e professores da educação de jovens e adultos. Na outra, o foco foi a educação profissional inicial e continuada desses alunos de EJA. O campo de possibilidades desses sujeitos, tais como: origem social, meio cultural, situações enfrentadas no cotidiano, instituições e grupos acessados, lhes confere elementos para, no espaço privilegiado da escola, dialogarem com os valores hegemônicos e posicionar-se diante deles. Reflito sobre a concepção de educação que não se submete à lógica da mera formação de mão-de-obra para um mercado voraz e implacável. Para que valha a pena, das nossas escolas devem sair profissionais aptos a colocarem-se criticamente no mundo do trabalho e da vida. Penso a investigação-ação como um caminho não idealista de discussão e enfrentamento dos problemas educacionais, propondo-os rente à ação histórica dos sujeitos, inclusive do investigador. Considero que o diálogo ampliado entre as duas instituições de ensino, onde estão presentes os valores trazidos por educadores e educandos, possibilitará uma continuidade de reflexões críticas sobre as ações efetivadas, bem como o planejamento em comum de novas ações. Ao pensar no tamanho do desafio de construir uma política pública de EJA com formação para o trabalho, há de se buscar uma educação qualitativamente diferente, que tenha como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que reconheça a educação ao longo da vida como direito inalienável de todos. Analiso, na constituição da argumentação, as contingências dos projetos institucionais e os limites dos próprios alunos jovens e adultos, ambos constituidores de condições complexas de desenvolvimento dessa forma de escolarização.