Teatralidade das margens: os sentidos da memória e do patrimônio, suas continuidades e descontinuidades no Teatro do Bebé.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Marchi, Darlan de Mamann
Orientador(a): Nogueira, Isabel Porto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5371
Resumo: O riso, elemento intrínseco de diversas manifestações culturais populares, é o ponto de partida para a análise da prática teatral do circo-teatro. O cômico, o palhaço, a lona e o palco são aspectos marcantes do cenário das artes mambembes no Brasil do século XX, do qual o Teatro do Bebé é derivado. Os vários espetáculos repertoriados pelo grupo ao longo dos anos possuem como protagonista o palhaço Bebé, cômica figura personificada por José Ricardo de Almeida, o pai da família e proprietário do circo. O teatro e a vida mambembe estão interligados à vida familiar, e o cotidiano e as histórias familiares estão perpassados por essa atividade profissional compartilhada, configurando uma memória de grupo que possui particulares formas de transmissão. O fazer teatral do grupo vincula-se estreitamente a essa memória familiar, responsável por fatores organizadores do trabalho e das práticas cênicas, que por sua vez estão em constante diálogo com seu tempo. Esse formato de teatro, ressignificado no presente, mas mantendo as características do passado como basilares para sua estrutura, ainda possui grande adesão pelos locais onde atua. Lançar um olhar patrimonial sobre a prática teatral da qual o grupo/família é detentora traz consigo os desafios contemporâneos do debate sobre o patrimônio cultural: o olhar de fora sobre o grupo, o olhar do grupo sobre seu fazer, os usos do patrimônio cultural e os paradoxos que atravessam todo o processo de patrimonialização.