Patrimônio cultural, ruralidade e identidade territorial: diversidade na Colônia de Pelotas – RS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Karen Melo da
Orientador(a): Cerqueira, Fábio Vergara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5111
Resumo: O presente trabalho aborda aspectos da ruralidade contemporânea na região da Colônia de Pelotas – RS, na Serra dos Tapes, tendo como fio condutor as relações entre patrimônio e territorialidade. Para tal apresenta três abordagens distintas, gradativamente entrelaçadas entre si: ruralidade, patrimônio e estudo de caso. Nesta trajetória apresenta diversas noções e construções, contemplando relações entre o campo e a cidade no transcorrer do tempo; critérios para definição de rural e urbano; a importância das abordagens sobre território e desenvolvimento para entender a ruralidade na contemporaneidade; relações entre cultura, sociedade e patrimônio; a construção da noção e a constituição do patrimônio. A última etapa, o estudo de caso, é dividida em duas partes, a primeira percorre aspectos da fisiografia e história da área de estudo e a segunda apresenta observações de campo, selecionadas a partir do referencial apresentado até então. Os resultados confirmam tendências mencionadas por outros estudos que apontam, em relação aos meios rurais, ser a valorização do modo de vida, da ambiência e da paisagem das áreas rurais os principais pontos de convergência, quer seja para os que ali estão, quer seja para os que com ele começam a estabelecer algum tipo de relação. Deste modo percebe-se uma forte relação entre o modo de vida, associado ao ambiente de colônia e à identidade cultural da região. Por modo de vida, evocado na Carta de Tlaxcala (1982), entende-se o conjunto de elementos percebidos como constitutivos da vida cotidiana, que permeia as relações do homem com o ambiente e com o tempo, envolvendo práticas diárias relativas à obtenção dos meios de subsistência (agricultura ou outras formas de trabalho), à espiritualidade (religiosidade) e sociabilidade (lazer, divertimento, rituais, etc.). Cotejando os diferentes instrumentos de pesquisa utilizados, parece que um dos conceitos que perpassa este conjunto e ao mesmo tempo funciona como síntese de percepção deste modo de vida é a noção de tranqüilidade. Além disso, o campo revelou uma multiplicidade de novas facetas da heterogeneidade e diversidade existentes, confirmando que a discussão sobre patrimônio, por estar imbricada ao terreno das construções entre sociedade e cultura, pode ser também bastante reveladora para auxiliar na compreensão do caráter multifacetado do território.