“Sé que muchos piensan que, porque soy una mujer, no puedo llevar el timón...”: as visões antagônicas sobre Isabel Perón através da imprensa partidária.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kendzerski, Nádia Cristiane Coelho da Silva
Orientador(a): Gandra, Edgar Ávila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6905
Resumo: A Argentina foi o primeiro país do continente americano a viver a experiência de ter sido governado por uma mulher. María Estela Martínez de Perón, conhecida como Isabel, garantiu o cumprimento da constituição ao assumir a presidência após a morte de seu esposo, o presidente Juan Domingo Perón, pois era sua vice na chapa que o elegeu em 1973. Entretanto, enfrentou uma realidade adversa ao tentar conduzir um país traumatizado após a perda de seu líder, somado a outros fatores conjunturais, sendo deposta por um golpe militar em março de 1976. Seu governo foi marcado pela divisão e o enfrentamento entre a direita e a esquerda do Movimento Peronista, que possuíam visões distintas sobre Isabel, a qual levou adiante um programa de direita de linha muito autoritária com a ajuda de seu ministro, el brujo, José López Rega. Sendo assim, esse trabalho propõe uma discussão sobre a trajetória de Isabel Perón e o papel político que desempenhou ao lado de Perón como vice e, posteriormente, presidente, em uma perspectiva que pretende abranger sua escala de poder, o apoio e a rejeição de sua figura representados através da imprensa partidária peronista dos anos setenta. Para isso, foram analisadas quatro publicações editadas pela Organização Político-Militar Montoneros: El Descamisado, El Peronista Lucha por la Liberación, La Causa Peronista e Evita Montonera no período que vai de maio de 1973 a março de 1976; bem como as edições da revista El Caudillo de la Tercera Posición publicadas entre novembro de 1973 e dezembro de 1975. Ambicionou-se alcançar uma releitura de Isabel enquanto personagem com sua devida importância histórica, pois mesmo se tratando da primeira mulher a chegar ao maior posto político da Argentina, acaba sendo esquecida ou “lembrada” em chave muito crítica/negativa quando comparada à memória de Perón.