Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Formozo, Daniele de Paula |
Orientador(a): |
Klein, Madalena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Faculdade de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/ri/2792
|
Resumo: |
Esta tese investigou como vem se constituindo um campo discursivo que permite pensar e falar em pedagogias surdas, que estão sendo constituídas nas práticas diárias de professores surdos em escolas de surdos. O objetivo do trabalho foi problematizar as marcas que constituem o que vem sendo nomeado de pedagogias surdas nas práticas discursivas desses professores. Nesse campo discursivo há enunciados que destacam a experiência visual e a cultura surda como aspectos inseparáveis das pedagogias surdas. Pode-se observar o quanto esses discursos têm constituído jeitos de nomear os professores surdos. Tais discursos formam esses docentes que acabam por reproduzir esses enunciados em um movimento de contínua afirmação da surdez como diferença cultural e linguística. Como referencial teórico trabalhei com os Estudos Culturais, os Estudos Surdos e ferramentas foucaultianas como os conceitos de enunciado, discurso, relações de poder/saber e cuidado de si. A partir desse referencial foram analisados textos acadêmicos de autores surdos, entrevistas com professores surdos e observações de aulas de três professoras em uma escola de surdos no interior do Rio Grande do Sul. Nessa materialidade pode-se identificar enunciados recorrentes como experiência visual, uso da literatura, fatores que levam os surdos a escolherem cursos de licenciatura, professor surdo como modelo e outras diferenças na escola de surdos. Diante das análises empreendidas pude observar que não há um discurso único sobre as pedagogias surdas. Elas são plurais e multifacetadas, não podendo ser fixadas por estarem constituindo um campo difuso e não homogêneo que acontece diariamente no encontro de professores e alunos surdos. Esses professores utilizam-se de suas experiências escolares para fazer seus alunos aprenderem os conteúdos desenvolvidos na escola. A língua de sinais media essa experiência e também determina o tipo de aluno que os professores surdos desejam formar: um aluno usuário da língua de sinais e identificado com cultura surda. Há, portanto, enunciados que vêm produzindo verdades sobre as pedagogias surdas e tais enunciados vêm sendo apropriados por pesquisadores e professores surdos. |