Dificuldades e Possibilidades no Ensino e na Aprendizagem de Química Orgânica: Estudo de Caso em Cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Natália Bozzetto, Alves
Orientador(a): Sangiogo, Fábio André
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13648
Resumo: Com intenção de contribuir com a Educação Superior, esta pesquisa objetiva identificar e discutir sobre dificuldades de ensinar e de aprender Química Orgânica em cursos de Bacharelado, Industrial e Licenciatura em Química da UFPel e de Licenciatura em Química da Unipampa. A investigação contemplou um estudo na literatura, ao apresentar referenciais e resultados de pesquisa sobre dificuldades e propostas que visem entender e qualificar questões relacionadas com a aprendizagem da Química Orgânica. Houve o estudo das taxas de aprovação no componente curricular de Química Orgânica I dos Cursos e a identificação das dificuldades do processo de ensino e de aprendizagem relatados por graduandos e professores, e que estejam associadas com a Química Orgânica I. Para isso, realizou-se: o estudo no contexto dos cursos investigados; entrevistas e/ou questionários com professores que atuam em Química Orgânica nos Cursos de Química e respostas a um questionário por graduandos que se matricularam em Química Orgânica I, de 2016 a 2019, os quais foram analisados com base na análise de conteúdo. Os resultados indicam índices de aproveitamento em Química Orgânica I inferiores do que a soma dos índices de reprovação, infrequência e trancamento, independentemente do professor ou universidade acompanhada. Nas respostas dos sujeitos (professores e graduandos), observou-se que as dificuldades estão voltadas principalmente a conteúdos, como: conformações e visualização das moléculas em 3D; estereoquímica; e mecanismos de reação. Os professores também apontam fatores que colaboram para o aumento das dificuldades, como: falta de uma base durante o Ensino Médio e a presença de hábitos e características dos discentes, a exemplo da dificuldade de concentração e falta de comprometimento com o curso e componente curricular. Os resultados também apontam para possibilidades para superar as dificuldades associadas, por discentes e docentes, a exemplo: de aulas de monitoria; do uso de recursos e metodologias, como o uso de videoaulas e aplicativos que ajudam na visualização de moléculas em 3D; um ensino que aproxime conteúdos ensinados com outros já estudados e em elaboração; e o uso de explicações conceituais que se aproximem à contextualização e/ou situações ligadas à formação profissional. O estudo destaca a complexidade de fatores que interferem nos processos de ensino e de aprendizagem de Química Orgânica no Ensino Superior, inclusive com necessidade de novos estudos sobre as dificuldades e a prática docente que considere propostas apresentadas na pesquisa.