Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Natália de Oliveira |
Orientador(a): |
Corteletti, Rafael |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9344
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Resumo: |
A Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS) constitui a maior planície costeira do território brasileira, formada ao longo do Quaternário. Durante o Holoceno Tardio (~4,4ka), posteriormente ao evento último evento transgressivo (~5ka), começam a ocupar este território populações oriundas de outras regiões: os povos Sambaquieiros vindos da costa atlântica ao norte, os Construtores de Cerritos vindos dos campos alagáveis do Pampa ao sul, os povos Jê das terras altas do Planalto e os Guaranis, do noroeste do estado. A chegada e intensificação da presença dessas sociedades ao longo do Holoceno Tardio foram concomitantes a uma série de transformações na vegetação, identificadas a partir do registro polínico, que podem estar relacionadas as estratégias de manejo e construção de paisagens desses grupos. Apesar dos dados não assegurarem uma relação direta, os eventos que reúnem a presença humana junto as modificações na paisagem ocorrem em um mesmo espaço-tempo, apontando uma convergência entre os dados e sinalizando uma possível antropização da paisagem. Além disso, a vegetação das matas de restinga atual parece manter resquícios em sua composição de um legado ambiental construído ao longo de milênios pelas diferentes populações que fizeram da PCRS o seu território. A pesquisa apontou caminhos para o aprofundamento de questões relativas as interações entre humanos e plantas, tal como a construção de paisagens, e destacou a importância da integração entre a arqueologia e a paleocologia no avanço desses debates. |