Nanobiotecnologia aplicada à oncologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Yurgel, Virginia Campello
Orientador(a): Seixas, Fabiana Kömmling
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8985
Resumo: Células cancerosas apresentam habilidade de dividirem incontroladamente e escaparem da morte celular programada. Existem diversas classes de compostos usados no tratamento do câncer e em muitos casos apenas uma pequena fração da dose da droga atinge o sítio tumoral, o que reduz a eficiência terapêutica e aumenta a toxicidade sistêmica. Além disso, células cancerosas apresentam mecanismos de resistência. Em estudos de citotoxicidade, nanopartículas carreadoras são frequentemente mais eficientes contra as células cancerosas que a correspondente droga livre. O Metotrexato (MTX) é um fármaco análogo estrutural do ácido fólico que atua inibindo a ação da enzima dihidrofolato redutase (DHFR), e é comumente utilizado no tratamento de tumores. Porém, pode causar efeitos colaterais e as células tumorais podem apresentar resistência. A obtenção de formulações nanoestruturadas contendo MTX pode diminuir os efeitos indesejados e maximizar o efeito terapêutico. Para aumentar o encapsulamento desse fármaco em suspensões aquosas de nanocápsulas de núcleo lipídico foi sintetizado um derivado esterificado, o éster dietílico de metotrexato (MTX(OEt)2). O presente trabalho teve por objetivo realizar a avaliação in vitro da ação de nanocápsulas de núcleo lipídico contendo MTX(OEt)2 e comparação com a ação da substância livre em solução. Para tal avaliação, foram utilizadas cinco linhagens de células tumorais. Verificou-se significativa citotoxicidade e inibição de proliferação celular promovida pelos tratamentos testados. Utilizando-se citometria de fluxo verificou-se aumento de apoptose induzida pela nanoformulação. Ainda, através de PCR em tempo real, pode-se observar alteração no perfil de expressão de genes relacionados a apoptose.Os testes utilizados complementaram-se e foram eficazes em determinar as respostas aos tratamentos. A incorporação do MTX(OEt)2 na nanoformulação demonstrou habilidade em melhorar o efeito antitumoral in vitro do composto.