Regeneração e conservação in situ de recursos genéticos de butiá (Butia odorata, Arecaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fernandes, Rebeca Catanio
Orientador(a): Barbieri, Rosa Lia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3954
Resumo: Butia odorata é uma palmeira da família Arecaceae, que faz parte da identidade e cultura do sul do Brasil. Com a expressiva diminuição de áreas onde existiam butiazais e a dificuldade encontrada em relação à regeneração dessa espécie, ela se encontra em ameaça de extinção. A conservação dessas áreas remanescentes pode ser considerada o elemento chave para a recuperação e manutenção dos butiazais ainda existentes. Este trabalho foi realizado com o objetivo geral de contribuir para o avanço do conhecimento relacionado à regeneração e conservação in situ de recursos genéticos de B. odorata. Os objetivos específicos foram avaliar a produção de frutos e sementes; avaliar o banco de sementes de B. odorata no solo em área de conservação in situ de butiazais no Bioma Pampa; e realizar um monitoramento da regeneração do butiazal sob diferentes práticas de manejo da pecuária. As atividades foram realizadas em uma área de conservação in situ de butiazais no município de Tapes (RS). Em março de 2017 foi avaliado peso total do cacho, número de frutos por cacho, cor dos frutos, formato dos frutos, peso de 50 frutos, peso da polpa de 50 frutos, peso de 50 endocarpos, número de sementes por fruto, altura e diâmetro dos frutos. Foram coletados os endocarpos presentes em amostras de solos de diferentes áreas do butiazal com e sem a presença de gado. Foi realizado um monitoramento para verificar a regeneração do butiazal em locais com diferentes práticas de manejo da pecuária: pecuária extensiva, pecuária com manejo conservativo para a regeneração dos butiazais e exclusão de pastejo. No outono de 2017 foi avaliado o número de novos butiazeiros, a estatura dessas plantas quando apresentavam folhas pinadas e altura da vegetação herbácea, em seis parcelas de 400m². Foi evidenciada variabilidade para os caracteres de fruto avaliados. O peso total de cacho variou desde 1,85kg até 13,51kg. A maioria dos endocarpos encontrados nas amostras de solo estava danificada, ou com sementes totalmente inviáveis. A parcela com exclusão de pastejo apresentou maior número de butiazeiros jovens, mas esses já poderiam estar no local quando a área selecionada foi excluída. Na parcela de manejo conservativo, que consiste na exclusão de pastejo nos meses mais frios do ano em que ocorre normalmente a germinação das sementes de butiá, foi observado um maior número de butiazeiros menores, mostrando uma regeneração significativa. Os resultados obtidos indicam que o processo de regeneração do butiazal está ocorrendo e que seu sucesso depende do tipo de manejo adotado.