Masculino, branco, heterossexual e cisgênero: o paradigma social dominante e o novo mal-estar na cultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gonçalves, Cássia Rodrigues
Orientador(a): Sobral, Adail Ubirajara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4267
Resumo: Este trabalho se propõe, a partir das categorias de mal-estar desenvolvidas por Freud em O Mal Estar na Cultura, a i) problematizar a respeito de qual humanidade o autor se refere, ii) expor mal-estares diferentes em diferentes locais da cultura e iii) por fim, explorar a possibilidade de haver hoje um novo mal-estar na “humanidade” de Freud, “humanidade” que especifico neste trabalho mediante as categoriais sociais dominantes, Masculino, Branco, Heterossexual e Cisgênero. A metodologia desta tese é traçada em paralelo com a Jornada do Herói/Heroína desenvolvida por Campbell (1990) e Murdock (1990), respectivamente, expondo que toda jornada científica é também uma jornada heroica que vai se descortinando diante do olhar pesquisador. Após revisões bibliográficas sobre construções sociais tidas como universais e, portanto, consideradas dominantes numa sociedade segregadora, foram entrevistados sujeitos pertencentes a esses lugares de fala na cultura. No momento das entrevistas e de posterior análise discursiva, a perspectiva dialógica bakhtiniana foi utilizada. Isso significou que um olhar empático e intersubjetivo permeou a construção do diálogo entre pesquisadora e pesquisados, no sentido de tentar compreender profundamente a fundamental importância do outro na construção do Eu. Através da abertura para o diálogo e a escuta, foi possível perceber uma dor, um mal-estar na “humanidade” freudiana, isto é, nas categorias sociais dominantes, ainda não percebido claramente e, em consequência, não discutido em profundidade: a solidão do dominante.