Parâmetros de solo e de planta em diferentes configurações de espaçamentos entre linhas da cana-de-açúcar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Panziera, Wildon
Orientador(a): Lima, Cláudia Liane Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8688
Resumo: A cana-de-açúcar é uma fonte energética renovável que desempenha importante papel no Brasil. Estratégias como o uso de espaçamentos combinados têm sido citadas para mitigar a compactação do solo. No entanto, há poucos estudos avaliando esses espaçamentos entre linhas quanto ao comportamento dos atributos físicos do solo e a relação com os atributos de planta. Assim, o objetivo foi relacionar parâmetros de solo e de planta em três configurações de espaçamentos entre linhas da cana-de-açúcar em ciclo de cana planta. O experimento foi implantado em Porto Xavier no RS em Agosto de 2012 onde foram avaliados três tipos de espaçamentos entre linhas da cultura: simples (LS), combinado duplo (LD) e combinado triplo (LT). Foram coletadas amostras de solo na camada de 0,00-0,20 m em Janeiro de 2013, durante o ciclo de cana planta da cultura, ao longo de uma transeção de 50 m na linha da cultura nos três tipos de espaçamentos. Foram determinados os atributos densidade do solo (Ds), porosidade total do solo (Pt), macro (Ma) e microporosidade do solo (Mi), resistência à penetração do solo (RP), umidade à base de volume na capacidade de campo (θCC), umidade à base de volume no ponto de murcha permanente (θPMP), capacidade de água disponível (CAD), densidade de partícula (Dp), argila, silte, areia, argila natural (AN) e o teor de carbono orgânico total (COT). Em cada ponto da transeção avaliou-se também os atributos de planta: altura do colmo (HC), diâmetro do colmo (DC), ºBrix, número de colmos (NCM) e massa do colmo (MC). Para avaliar a estrutura de correlação espacial foram construídos autocorrelogramas e crosscorrelogramas. A variável MC foi correlacionada espacialmente com a argila, areia, Pt e CAD no espaçamento LD e com a Ma no espaçamento LT e não apresentou correlação cruzada com nenhum atributo no espaçamento LS. O ºBrix foi crosscorrelacionado com a CAD no espaçamento LD, não apresentando crosscorrelação com nenhuma variável nos espaçamento LS e LT. No espaçamento LS, a MC foi relacionada com HC, DC e NCM. Variáveis de solo não influenciaram a MC no espaçamento LS. No espaçamento LD, os atributos da planta não influenciaram a MC, sendo a sua variabilidade explicada pela argila, areia, Pt, CAD, através da análise de espaço de estados e pela Ma e θPMP através da regressão múltipla. No espaçamento LT a HC e o NCM contribuíram na MC e entre os atributos de solo a Ma se relacionou com a MC por meio da abordagem de espaço de estado. O ºBRIX não foi influenciado por nenhum atributo da planta e do solo no espaçamento LS, sendo influenciado no espaçamento LD pela HC, DC, θPMP e CAD (este último avaliada pela abordagem de espaço de estados). Quanto ao espaçamento LT, os atributos de planta não apresentaram relação com o ºBRIX e entre os do solo, somente o COT. A contribuição das variáveis do solo na massa do colmo e no °Brix é mais expressiva nos espaçamentos LD e LT, principalmente as variáveis relacionadas à disponibilidade de água.