Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Jean Fabricio Lopes |
Orientador(a): |
Marques, Eduardo Marks de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Desenvolvimento Tecnológico
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9128
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Resumo: |
Este trabalho propõe-se a perceber como as mudanças sócio-históricas ocorridas no Rio Grande do Sul, em sua constituição de espaço e figura do gaúcho, durante a segunda metade do século XX, são retratadas na Trilogia do Gaúcho a pé, de Cyro Martins à luz da crítica marxista. Para tal, tratou-se a Trilogia do Gaúcho a pé como uma série de romances históricos. Elencou-se as contribuições teóricas sobre o romance histórico de György Lukács, principalmente quem é o herói do romance histórico e a noção de história lukásciana; e as ideias da teoria da produção do espaço social de Henri Lefebvre, ou seja, como esse espaço constituído na Campanha gaúcha é vivido, percebido e concebido. Além disso, adicionou-se à análise o debate sobre regionalismo dentro do campo dos estudos literários, a relação de quebra ou continuidade do mito do centauro dos pampas e a aproximação da literatura e a história. Desta forma entende-se que a Trilogia do Gaúcho a Pé pode ser lida como uma série de romances históricos, na qual a noção de história do autor impulsiona um retrato verossímil do caminho da população rural gaúcha e de sua intensa e gradativa degradação moral, social e econômica, bem como cria um espaço que contribui e retroalimenta a História. Adicionalmente, consegue-se perceber como é possível atualizar Cyro Martins como um grande comentador das mazelas do povo gaúcho que também se atualizaram no século XXI. |