Análise faunística, caracterização de injúrias e efeito repelente de azadiractina e vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) em parreiras do município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Ida Maria de
Orientador(a): Loeck, Alci Enimar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Entomologia
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Uva
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8729
Resumo: O Rio Grande do Sul concentra grande parte da área cultivada de parreiras no Brasil, destacando-se a Serra Gaúcha como principal região produtora. Na busca de uvas de boa qualidade que proporcionem boa rentabilidade, um aspecto fundamental a ser observado é a ocorrência e controle de pragas, principalmente insetos. Este trabalho destaca a incidência das vespas, que acarretam sérios incômodos na época de colheita. Devido à escassez de alimento durante o verão, estes insetos acabam indo buscá-lo nos cachos de uva em maturação. Neste sentido este trabalho objetivou caracterizar as populações de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae), analisar a faunística das comunidades encontradas e a relação destas com injúrias aos frutos, assim como avaliar a repelência de vespas a azadiractina em parreirais do município de Bento Gonçalves-RS. As coletas foram realizadas por busca ativa nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, e os indivíduos capturados foram identificados baseando-se nos caracteres morfológicos. A partir dos dados obtidos foi realizada análise faunística da comunidade. Foram observadas também as injúrias causadas nas bagas a fim de aferir exatamente quais espécies são responsáveis pelos rompimentos de casca. Por fim, na procura de uma alternativa para afugentar estes insetos e evitar a ocorrência desta problemática foi realizado um teste de repelência com azadiractina na concentração de 1,2 g/100L de ingrediente ativo, composto este orgânico e sem período de carência. Foram identificadas dez espécies de vespídeos capazes de utilizar as bagas de uva como alimento. As duas espécies predominantes foram Polybia ignobilis e P. minarum e constatou-se que Synoeca cyanea apresenta a capacidade de rompimento de bagas sadias e íntegras. Outras três espécies, Polistes cavapytiformis, P. versicolor e Brachygastra lecheguana, também foram capazes de abrir a casca, mas em bagas com condições de sanidade já prejudicadas. Nos testes realizados com azadiractina não houve repelência, não sendo significativa a redução de vespas e nem de abelhas no parreiral após a aplicação.