Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Fernanda Severo Sabedra |
Orientador(a): |
Savegnago, Lucielli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10553
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Resumo: |
A dor é uma condição que afeta diariamente a população mundial e é considerada como um fenômeno multidimensional que pode ser evidenciada como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão potencial ou real dos tecidos. Os fármacos utilizados para o tratamento desta patologia são da classe dos opióides e antiinflamatórios não esteroidais, estes fármacos são eficientes, porém apresentam vários efeitos adversos. Desta forma, é importante a busca por novas moléculas que possam ser empregadas para o tratamento da dor que melhorem a qualidade de vida dos pacientes diminuindo os efeitos adversos. Neste sentido, o selênio tem sido alvo de interesse para diversos grupos de pesquisa devido às suas propriedades farmacológicas e biológicas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antinociceptiva do composto orgânico de selênio, α-(fenilseleno)acetofenona (PSAP) em camundongos, além de elucidar o possível mecanismo envolvido na sua atividade antinociceptiva. Para a investigação da possível ação antinociceptiva da PSAP, foram desenvolvidos os ensaios de nocicepção induzida por dois agentes químicos, a formalina e o glutamato. A administração intragástrica (i.g.) do PSAP (10 - 50 mg/Kg) preveniu a nocicepção induzida pela injeção intra plantar (i.pl.) de formalina (20 μL) na fase neurogênica além de reduzir a formação do edema de pata. Da mesma maneira que, na fase inflamatória, o PSAP (1 - 50 mg/Kg, i.g.) reduziu o tempo de lambida induzido pela formalina (i.pl.). A PSAP (0,1 - 50 mg/Kg, i.g.) diminuiu o tempo de lambida no teste de nocicepção induzida por glutamato (20 μL, i.pl.) em camundongos. A contribuição do sistema serotoninérgco, dopaminérgico e noradrenérgico na atividade antinociceptiva da PSAP (1 mg/Kg, i.g.), foi verificada através do teste do glutamato. O pré-tratamento dos camundongos com sulpirida (antagonista dos receptores dopaminérgicos D2 e D3, 5mg/Kg, i.p.), prasozin (antagonista do receptor α1 adrenérgico, 0,15 mg/Kg, i.p) e yoimbina (antagonista do receptor α2 adrenérgico, 1,0 mg/Kg, i.p), bloquearam a atividade antinociceptiva do PSAP (1 mg/Kg, i.g.). Por outro lado, o pré-tratamento com SCH23390 (antagonista do receptor dopaminérgico D1, 0,05 mg/Kg, i.p.), WAY100635 (antagonista do receptor serotoninérgico 5-HT1a, 0,7 mg/Kg, i.p), ketanserina (antagonista seletivo dos receptores serotoninérgicos 5-HT2a/2c, 0,3mg/Kg, i.p) e ondansetron (antagonista seletivo do receptor serotoninérgico 5-HT3, 0,5mg/Kg, i.p.), não causaram redução na atividade antinociceptiva do PSAP (1 mg/Kg, i.g.) no teste do glutamato em camundongos. Assim, sugere-se que há envolvimento tanto do sistema dopaminérgico quanto do sistema noradrenérgico na ação antinociceptiva do PSAP. Foi observado que a PSAP, os antagonistas e a interação antagonista x PSAP não alteraram a atividade locomotora dos camundongos no teste do campo aberto. De acordo com o presente trabalho pode-se concluir que o PSAP possui atividade antinociceptiva e, pode-se sugerir que esta atividade envolva a participação do sistema dopaminérgico e adrenérgico. |