Alterações químicas e biológicas do solo e desenvolvimento de plantas decorrentes da adição de lodo da indústria de laticínios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: De Marco, Edenara
Orientador(a): Castilhos, Danilo Dufech
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6575
Resumo: A indústria de laticínios gera resíduos como o lodo, no tratamento de efluentes. Esses materiais, de acordo com o tipo de descarte podem causar impactos ambientais ou, quando aplicados ao solo, melhorar as suas propriedades e representar uma maneira econômica e benéfica de destinação. Os lodos também podem mostrar efeito residual em cultivos sucessivos e assim reduzir custos na produção agrícola. Com o objetivo de avaliar as alterações em alguns atributos químicos e microbiológicos de um Planossolo Háplico e no crescimento de plantas após a aplicação de lodo da indústria de laticínios, foram desenvolvidos três estudos. O primeiro estudo avaliou a alteração no pH do solo após a aplicação de doses crescentes de lodo da indústria de laticínios. Em experimento de incubação conduzido por 51 dias, com a aplicação das seguintes doses: 1- 0 g; 2- 8,19 g; 3- 16,38 g; 4- 32,76 g; 5- 49,14 g e 6- 65,52 g de lodo em 500g de solo. Concluiu-se que o lodo de laticínio não possui potencial de correção da acidez do solo para elevar e manter o pH a um valor ideal, entre 6 e 7. O segundo estudo determinou os efeitos da aplicação de lodo de laticínio nos atributos químicos e microbiológicos do solo e no desenvolvimento de plantas de milho. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos de polietileno, com doses de: 1,65; 3,3; 4,95; 6,60 e 8,25 g kg-1 . O lodo proporcionou aumento do carbono orgânico, dos teores de fósforo, potássio e nitrogênio mineral no solo. Além favorecer o incremento de matéria seca das plantas, estimulou a atividade dos microrganismos do solo. Já, o terceiro estudo avaliou o efeito residual da aplicação de lodo de laticínio nos atributos químicos e microbiológicos do solo, e no desenvolvimento da aveia preta. O experimento foi conduzido em casa de vegetação e a semeadura da aveia preta se deu em solo já adubado após o cultivo de milho. Os resultados indicaram um efeito residual da aplicação de lodo de laticínio, que favoreceu a disponibilidade de nutrientes ao solo, a absorção pelas plantas e a atividade dos microrganismos. A dose de 6,60 g kg -1 proporcionou acúmulo de massa seca equivalente ao tratamento NPK.