Práticas de humanização no parto na perspectiva das puérperas adolescentes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Escobal, Ana Paula de Lima
Orientador(a): Soares, Marilu Correa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5701
Resumo: Estudo descritivo que objetivou conhecer quais das práticas para humanização do parto preconizadas pela Política de Humanização do Parto e Nascimento eram identificadas por puérperas adolescentes. Os dados foram coletados da pesquisa “Atenção Humanizada ao Parto de Adolescentes” referente aos Municípios de Pelotas/RS e Rio Grande/RS, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009. A amostra constituiu-se de 414 puérperas adolescentes que tiveram seus partos nos hospitais de ensino participantes da pesquisa. A análise foi sistematizada a partir do Manual Assistência ao Parto Normal, da Organização Mundial de Saúde, referente às práticas de atenção ao parto consideradas úteis, aquelas claramente, prejudiciais e as frequentemente utilizadas de forma inadequada. Os resultados evidenciaram que algumas práticas consideradas úteis ao parto normal, como o respeito à intimidade e privacidade, foram reconhecidas pelas puérperas adolescentes, no entanto a presença do acompanhante no parto foi vivenciada somente por algumas puérperas. No que tange às práticas de atenção ao parto normal utilizadas de modo inadequado, o estudo pontuou que 86,9% das puérperas foram submetidas à restrição hídrica e alimentar, a realização da amniotomia ocorreu para 53% e a pressão no fundo do útero em 57,1%. Quanto às práticas claramente prejudiciais e ineficazes, observou-se que o uso do enteroclisma não é mais praticado, porém, infusão de soro com ocitocina (92,8%), a posição de litotomia para o parto (98,7%) e o uso da episiotomia (89%) permanecem sendo praticados rotineiramente. Concluise que as práticas realizadas na atenção ao parto em adolescentes, nos hospitais em estudo, não estão contemplando em sua totalidade a Política de Humanização ao Parto e Nascimento preconizada pelo Ministério da Saúde, visto que o parto ainda tem sido alvo de intervenções tecnológicas e medicalizadoras que desconsideram a mulher como protagonista do processo de parturição.