Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kegles, Fernanda |
Orientador(a): |
Del Pino, Francisco Augusto Burkert |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10416
|
Resumo: |
Um dos principais limitantes da produção leiteira de bovinos ocorre na fase de cria, devido à alta ocorrência de doenças, principalmente do trato gastrintestinal e respiratório. Sendo assim, esse estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da administração do imunoestimulante pegbovigrastim sobre parâmetros hematológicos, bioquímicos e zootécnicos de bezerros leiteiros, e sua resposta frente a desafio com lipopolissacarídeo (LPS). Para isso, foram realizados dois experimentos, no primeiro utilizou-se 20 bezerras recém-nascidas da raça Holandês, divididas em dois grupos: grupo Imrestor (IMR, n = 10), que recebeu uma administração subcutânea (SC) de 25 μg/kg de peso vivo de pegbovigrastim, e grupo Controle (CTR, n = 10) que recebeu uma administração de placebo de cloreto de sódio 0,9%, ambas no décimo dia de vida dos animais. Coletas de sangue foram realizadas nos dias 10, 12 e 14, em relação ao nascimento, para analisar os parâmetros bioquímicos e hematológicos, e também foram realizadas avaliações zootécnicas nos dias 0, 7, 14, 21 e 60 em relação ao nascimento. Observa-se que há um aumento no número de leucócitos totais (P < 0,0001) no grupo IMR nos dias 12 e 14 em comparação ao grupo CTR, assim como a contagem de neutrófilos segmentados (P < 0,0001), neutrófilos bastonetes (P < 0,0001) e monócitos (P = 0,0002). Não foi observado diferenças nos demais parâmetros hematológicos (P < 0,05), bioquímicos (P < 0,05) e zootécnicos (P < 0,05) analisados. Já no segundo experimento, foram utilizados 20 bezerros da raça Holandês até sessenta dias de vida, separados em quatro grupos: grupo 1 (LPS, n = 5) que recebeu uma aplicação única endovenosa (EV) de LPS de Escherichia coli no dia 0, na dose de 0,25 μg/kg de peso vivo; grupo 2 (IMR, n = 5), que recebeu uma aplicação SC de pegbovigrastim no dia 1 em relação a aplicação do LPS, na dose de 25 μg/kg de peso vivo; grupo 3 (IMR+LPS, n = 5), que recebeu uma aplicação de LPS na dose de 0,25 μg/kg no dia 0, e 25 μg/kg de peso vivo de pegbovigrastim no dia 1; e grupo 4 (CTR, n = 5), que recebeu uma dose placebo de cloreto de sódio 0,9% por via EV no dia 0 e outra dose SC no dia 1. Para análise dos parâmetros bioquímicos e hematológicos, foram realizadas coletas de sangue nos dias -1, 0, 1, 2, 3, 4, 8, 14 e 21 em relação a aplicação de LPS. Observa-se um aumento no número de leucócitos totais (P < 0,0001) nos grupos IMR, IMR+LPS e LPS, sendo que o grupo IMR manteve-se com o maior número de células desde o dia 2 até o dia 21. Os níveis de paraoxonase 1 (P = 0,02) foram maiores no grupo IMR em comparação a todos os outros. A administração de IMR não alterou metabólitos fundamentais para o funcionamento hepático, renal e proteico dos bezerros (P > 0,05). Os estudos demonstraram que a administração de pegbovigrastim aumenta o número de neutrófilos circulantes, sem afetar parâmetros bioquímicos e zootécnicos dos animais. |