Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Leonardo Dorneles |
Orientador(a): |
Paludo, Conceição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7675
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Resumo: |
A tese formulada é a de que o Ensino Médio Politécnico implantado desde 2012 pela 18ª Coordenadoria Regional de Educação, do Estado do Rio Grande do Sul, localizada na região da cidade de Rio Grande, caracteriza-se como uma pretensa estratégia do Estado para avançar na qualificação deste nível ensino, apresentando o trabalho como princípio educativo, mas, de modo contraditório ao pretendido, acabou adequando-o às orientações apresentadas por documentos e políticas, nacionais e internacionais, que indicam a necessidade de uma formação cidadã, competente, ampla e flexível e, por isso, contribuiu para a adaptação de uma força de trabalho útil às necessidades do Capital, o que descaracteriza o sentido marxiano e histórico-prático da Politecnia, que objetiva contribuir para a emancipação humana, a partir da organização do trabalho pedagógico escolar que contemple relações sociais anticapitalistas, com vistas à formação omnilateral através da unificação do trabalho manual e o trabalho intelectual no processo educativo da classe trabalhadora. Tendo a hipótese anunciada como referente, como objetivo geral, buscou-se explicitar as contradições que se moveram no interior e exterior da proposta de Politecnia para o Ensino Médio no RS, bem como pensar possibilidades, mesmo que limitadas, para avanços na direção de sua superação. Considerando os postulados do Materialismo Histórico Dialético, como abordagem teórico-metodológica, a pesquisa dialoga com autores como Karl Marx, Friedrich Engels, Viktor Shulgin, Moisey Pistrak, David Harvey, José Paulo Netto entre outros, e se caracteriza como qualitativa, adotando estudos bibliográficos, documentais, sendo os últimos realizados através de entrevistas e questionários com gestores, docentes e estudantes das escolas de ensino médio da região de Rio Grande/RS. Com base na análise dos dados, conclui-se, entre outros aspectos, que a proposta pedagógica do Ensino Médio Politécnico, embora aponte o Trabalho como princípio educativo, alinha-se com uma série de documentos e políticas, nacionais e internacionais, que buscam orientar a formação em nível médio com base nas necessidades do Capital, o que, por si, descaracteriza a perspectiva marxiana da politecnia. Conclui-se, ainda, que a proposta pedagógica, quando implantada nas escolas, provocou a explicitação de contradições que externalizaram as suas incongruências. Por isso, também, a adaptação da proposta “moderna” à realidade “arcaica” das escolas, possibilitou uma formação que sequer conseguiu concretizar os objetivos pretendidos na mesma, os quais apresentam, como se analisou, forte vinculação com os documentos e políticas nacionais e internacionais. |