Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Bianca Legramante |
Orientador(a): |
Vetromille-Castro, Rafael |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Centro de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3475
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Resumo: |
Em uma perspectiva complexa (LARSEN-FREEMAN e CAMERON, 2008; ELLIS e LARSEN-FREEMAN, 2009) e percebendo um grupo em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) enquanto Sistema Adaptativo-Complexo (SAC), Vetromille-Castro (2007, 2011) apresentou o papel do professor como perturbador, o qual pode proporcionar condições favoráveis à interação e, portanto, à manutenção de um sistema, quando considerados conceitos como equilíbrio dinâmico/sistêmico e limite do caos. Neste trabalho, estuda-se um grupo de aprendizagem de inglês constituído de forma autônoma e colaborativa no aplicativo WhatsApp e questiona-se como ele se constitui e se mantém coeso sem planos de curso, de aula e sem a figura do professor como perturbador, bem como quais elementos poderiam ser apontados como propiciadores da interação. O estudo é norteado por um aporte ecológico (KRAMSCH, 2002, 2008; KRAMSCH E STEFFENSEN, 2008; TUDOR, 2003; VAN LIER 1988, 1996, 2002, 2004, 2007), o qual sugere que o uso das tecnologias não seja visto com um fim em si mesmo, mas como ferramenta que possibilita um entendimento mais amplo e mais complexo do processo de aprendizagem, especialmente de línguas. Tal abordagem concebe, ainda, a aprendizagem de línguas como uma atividade contextualizada, marcada por experiências multimodais e multissensoriais, fomentada por meio da emergência de affordances. Para esta investigação, utiliza-se como metodologia a etnografia para a Internet com base em Hine (2000, 2005, 2008 e 2015); Fragoso, Recuero e Amaral (2009); Amaral (2009) e Poliavnov (2013). A partir da análise dos dados, percebeu-se que o grupo manteve-se ativo e coeso por meio do engajamento entre seus membros, seja pela perturbação da ordem do sistema realizada por alguns participantes, seja pela colaboração e, a partir disso, pela emergência sistêmica de affordances, especialmente linguísticas. Também foi fundamental para a coesão do espaço a autonomia, em uma visão ecológica. Além disso, o WhatsApp também se mostrou um espaço propício para novas práticas de aprendizagem online, especialmente por sua multimodalidade fluida. |