Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Andersson, Fabiana da Silva |
Orientador(a): |
Caldas, Nádia Velleda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/2993
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Resumo: |
A tese objetiva analisar processos de empoderamento presentes no cotidiano das mulheres agricultoras e agroecologistas da região sul do estado do Rio Grande do Sul (RS). Para tanto, foram realizadas 24 entrevistas em profundidade com as agricultoras e agentes de desenvolvimento dos municípios de Arroio do Padre, Pelotas e São Lourenço do Sul. A pesquisa se apoia em três eixos conceituais, quais sejam, agroecologia, gênero e empoderamento. A agroecologia é vista como uma ciência que propõe a transição de formatos convencionais de agricultura e de desenvolvimento para outros mais sustentáveis. A perspectiva de gênero é analisada a partir das construções sociais e de aspectos relacionais que marcam diferenças entre os sexos em termos da divisão social do trabalho. O empoderamento é entendido como um conjunto de processos que conduzem à ampliação das capacidades de vida e vivência das pessoas. Essa perspectiva inclui a esfera das decisões tomadas no ambiente doméstico, no que tange à produção para autoconsumo, à produção comercial (especialmente em termos do atendimento aos mercados institucionais e feiras livres) e nas questões produtivas estritamente técnicas. A análise dos depoimentos sugere que o exercício da agroecologia confere maior protagonismo às mulheres rurais, tanto no que se refere ao trabalho na lavoura, quanto em outras atividades atinentes ao fazer cotidiano das famílias rurais, como é o caso das relações tecidas no âmbito dos programas governamentais de comercialização. É importante destacar que, na medida em que a agroecologia não apenas restringe o uso de agrotóxicos, como também valoriza o saber fazer local, visibiliza o trabalho das mulheres nos espaços rurais. De certa forma, este fato denota a essas mulheres possibilidades de empoderamento. Neste sentido, se pode afirmar que a agroecologia, se comparada à agricultura convencional, na qual as práticas são majoritariamente vistas como atribuição masculina, reforça a importância da participação feminina na ampliação das dinâmicas em prol de formatos de agricultura mais sustentáveis. |