Criopreservação de cultivares de amoreira-preta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Copatti, Andrio Spiller
Orientador(a): Antunes, Luís Eduardo Corrêa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8318
Resumo: A amoreira-preta pertence ao gênero Rubus e à família Rosaceae e seus frutos são apreciados em todo o mundo. A propagação por estacas de raiz, rebentos ou hastes novas apresenta como desvantagens como a disseminação de pragas e doenças, além do alto custo de manutenção dos campos e da mão-de-obra. A Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, é detentora da maior coleção ex situ da cultura no Brasil. A conservação de genótipos, porém, para ser efetiva, passa atualmente pelo desenvolvimento de estratégias biotecnológicas que possam contornar problemas como doenças e danos ambientais, capazes de afetar materiais conservados por outros métodos. Nesse cenário, emerge a criopreservação que, além de proporcionar vantagens como eliminação de danos genéticos, diminuição da necessidade de avaliações periódicas e controle da viabilidade, proporciona a preservação de coleções por longos períodos com segurança, baixo custo de manutenção e utilizando pequenos espaços. Os criobancos auxiliam os programas de melhoramento genético e o setor produtivo na manutenção e disponibilização de genótipos. Protocolos de criopreservação para o gênero Rubus já são descritos em outros países; entretanto, a transferência de tecnologia ou a repetibilidade em laboratórios distintos é um desafio a ser enfrentado. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi estudar protocolos de criopreservação e aperfeiçoar técnicas de resfriamento para diferentes genótipos de amoreira-preta. Foram realizados ensaios testando e adequando metodologias de preparo e procedimentos para encapsulamento-desidratação e vitrificação de tecidos vegetais. Inicialmente, foram utilizados os mais novos lançamentos da Embrapa (‘BRS Xingu’ e ‘BRS Cainguá’) e em um segundo momento adicionaram-se outros materiais (‘Tupy’ e ‘Comanche’). A esses genótipos aplicaram-se testes preliminares de composição das cápsulas de alginato e do meio de regeneração, desidratação da matriz de alginato, exposição aos crioprotetores e pré-condicionamento; foram também realizados ensaios com as técnicas de encapsulamento-desidratação e vitrificação com aplicação de metodologias de resfriamento lento e ultrarrápido, totalizando onze ensaios aqui apresentados. Os experimentos foram conduzidos adotando-se o delineamento inteiramente ao acaso. Os dados foram submetidos à análise de variância através do teste F (p≤0,05). Constatando-se significância estatística, os dados foram comparados por testes de probabilidade e regressões polinomiais conforme a necessidade. Os testes preliminares apresentaram bons resultados, obtendo-se até 95% de sobrevivência nos experimentos em que foram testados a composição da cápsula e o meio de regeneração; porém, a imersão em nitrogênio líquido ocasionou necrose na maior parte do material, obtendo-se 12% de sobrevivência dos explantes encapsulados. Nos ensaios com a técnica de vitrificação e com a aplicação de pré-condicionamento com variação térmica dia/noite e crioprotetor PVS2, quando os tratamentos foram realizados em baixa temperatura, bons resultados foram observados, com sobrevivência de 43, 55, 55 e 63% para as cultivares ‘BRS Xingu’, ‘BRS Cainguá’, ‘Tupy’ e ‘Comanche’, respectivamente. Melhorias nos processos pré-criopreservação podem ser realizadas, como o tempo de desidratação do conjunto cápsula explante, a composição da cápsula e do meio de