Transformação de vidro de janela em biovitro-cerâmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Abib, Gabriel Henryque
Orientador(a): Osório, Alice Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14760
Resumo: O presente trabalho apresenta a elaboração e a caracterização de biovitro-cerâmicos (BVC) do sistema SiO2-CaO-Na2O-P2O5, os quais têm como matéria-prima base vidros provenientes da reciclagem. Dessa forma, busca-se um BVC com menor custo e consequente utilização de vidros que seriam descartados, gerando um produto de alto valor agregado. Com a alteração na porcentagem de vidro reciclado utilizado, foram desenvolvidos quatro grupos de amostras. Foram avaliados os seguintes percentuais de vidro reciclado para o desenvolvimento de um BVC: 90, 80, 70 e 60% do peso do novo material sendo de vidro reciclado e o restante uma mistura de CaCO3, Na2CO3 e P2O5. Todas as variantes foram sinterizadas em forno com quatro parâmetros diferentes. O primeiro processo deu-se a uma taxa de aquecimento de 5°C/min até a temperatura de 800°C e mantido por 30min. Os três procedimentos seguintes foram executados com uma taxa de aquecimento de 10°C/min e 30min de permanência na temperatura final, sendo ela 800°C, 850°C e 900°C. A mudança em suas massas foi averiguada, as quais reduziram entre 12% e 18%. As densidades foram medidas pelo método de Arquimedes e apresentaram valores de 4% a 20% menor do que a densidade teórica. A técnica de difração de raio X (DRX) foi utilizada para averiguar as fases presentes nas amostras desenvolvidas e confirmar a formação do BVC, verificando a presença, em sua maioria, da fase combeite, uma fase a base de silicato, conforme esperado com base nos compostos que foram adicionados. Para o teste in vitro, as amostras foram submersas em uma solução simuladora do fluido corporal (SBF) por 7 dias para verificar a sua bioatividade. Pela técnica de DRX realizada após a imersão das amostras no SBF observou-se a presença de compostos que contém fosfato e cálcio em suas composições. A espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) foi utilizada para confirmar a presença dos grupos funcionais P-O e PO43-. Com o resultado dessas caracterizações há um indicativo da formação de uma camada de apatita na superfície do BVC, ou seja, o material é bioativo. Palavras-chave: Biomateriais; Biovidro; Biovitro-cerâmica; Reciclagem; Teste in vitro.