Experiências acadêmicas no exterior: as contribuições da mobilidade acadêmica internacional para a formação dos estudantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribeiro, José Antonio Bicca
Orientador(a): Afonso, Mariângela da Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Escola Superior de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8386
Resumo: A internacionalização do ensino superior passou de uma lógica relacionada a prestação de serviços com a atuação de professores advindos de inúmeros locais na criação das universidades, para uma lógica de competição em busca da reputação internacional das instituições, a partir de grandes acordos firmados para o desenvolvimento de políticas públicas de atenção às demandas do mercado. Atualmente a mobilidade estudantil pode ser considerada como um dos principais elementos de internacionalização, devido ao aumento no fluxo de alunos e nos acordos firmados entre instituições. Considerando estes elementos, este trabalho buscou analisar as contribuições dos programas de mobilidade estudantil na formação acadêmica e pessoal dos estudantes da Universidade Federal de Pelotas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada junto a estudantes que saíram para o exterior através de programas de mobilidade estudantil da UFPel. Para poder fazer parte da amostra, os estudantes deveriam ter realizado o intercâmbio de 2012-2014 e depois de retornar ao Brasil, ter permanecido na instituição por pelo menos mais um semestre. Foram realizadas entrevistas com 13 estudantes no seu mbiente de curso, sendo que as mesmas foram gravadas e posteriormente transcritas. Além disso, foi enviado um formulario online composto por questões semiestruturadas aos 19 acadêmicos que participaram de um programa de mobilidade internacional dos cursos de Educação Física da universidade. A análise dos dados coletados foi feita a partir da análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977) e divididos em três categorias de resultados. A partir da fala dos sujeitos da pesquisa foi possível identificar que o período anterior a viagem para o exterior é permeado por motivações, dúvidas e incertezas relacionadas ao que será vivenciado em um lugar diferente. Alunos de diferentes características pessoais acabam optando por realizar a mobilidade estudantil. A possibilidade de conhecer uma cultura diferente e conseguir desenvolver atividades acadêmicas de pesquisa em um ambiente mais desenvolvido influenciam na escolha por realizar o intercâmbio. Durante a estadia no exterior, os estudantes perceberam um acolhimento da instituição, entretanto, há um grande afastamento entre os estudantes nativos e aqueles que realizam o intercâmbio, sendo que existe uma maior aproximação entre os indivíduos que são externos ao local que é realizada a mobilidade. Além disso, percebemos que há um contato com diferentes pessoas e culturas, o que representa um grande amadurecimento e crescimento pessoal dos estudantes. Por fim, é possível sinalizar que a mobilidade estudantil pode proporcionar grandes contribuições na formação, mas o retorno para a universidade pode ser melhor aproveitado, potencializando a formação de mais acadêmicos que não usufruem da experiência.