Análise do decaimento da coluna total de ozônio sobre a América do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Schmalfuss, Laís San Martins
Orientador(a): Mariano, Glauber Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Meteorologia
Departamento: Faculdade de Meteorologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
OMI
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4568
Resumo: O ozônio (O3) representa muito menos de 1% dos gases da atmosfera terrestre, entretanto é indispensável para a vida na Terra, pois absorve radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), que é prejudicial para a saúde de seres vivos. A região tropical é a maior produtora de ozônio estratosférico, entretanto devido à circulação Brewer-Dobson a região apresenta baixos valores de coluna total de ozônio, os quais podem se estender para maiores latitudes. Em 1985, foi identificada uma grande depleção no conteúdo de ozônio na atmosfera da Antártica. Massas de ar com baixa concentração de ozônio podem se despreender do vórtice Antártico e migrar para latitudes mais baixas, principalmente durante as primaveras austrais, são os efeitos secundários do buraco de ozônio da Antártica. Este trabalho tem como objetivo principal analisar o decaimento da coluna total de ozônio sobre a América do Sul (20°N e 60°S; 30°W e 80°W), através do cálculo das médias e limiares mensais da coluna total de ozônio pelos dados do sensor OMI (médios diários e 1°x1° de resolução espacial). A partir da média mensal e limiares pode-se observar a maior variabilidade meridional da coluna total de ozônio durante os meses próximos à primavera e menor variabilidade durante os meses próximos ao outono, entre as latitudes polares e médias. Na quantificação dos dias abaixo do limiar foram observados eventos de decaimento da coluna total de ozônio sobre a região próxima a Antártica, onde os meses entre setembro e fevereiro tiveram mais dias abaixo do limiar. Os meses de maio, julho e dezembro apresentaram maior número de dias abaixo do limiar entre as latitudes de 20°S e 40°S, sobre a área a continental, principalmente maio, sobre o centro-norte da Argentina. A análise da vorticidade potencial indicou 06 casos com origem tropical da massa de ar (fevereiro, março, junho, julho, agosto e setembro), e 06 com origem polar (janeiro, abril, maio, outubro, novembro e dezembro), sendo julho o mês com maior queda em relação à média mensal. Praticamente todos os meses tiveram seus decaimentos de coluna total de O3 associadas à presença de anticiclones, com exceção de janeiro e maio, em que a queda ocorreu logo após a passagem do sistema frontal, ainda tendo nebulosidade e dezembro, com o sistema frontal sobre o ponto com decaimento.