Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cantarelli, Juliana Mezomo |
Orientador(a): |
Hypolito, Álvaro Luiz Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7583
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Resumo: |
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – IFFar, foi criado pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. A educação profissional tem o trabalho como princípio educativo, a intervenção social percebida como prática pedagógica, entrelaçando homem–cultura–tecnologia, proporcionando condições para a construção de cidadãos críticos e autônomos, que percebam o ser humano como motivo primeiro e principal de suas ações. Para tal, o IFFar oferta uma grande variedade de cursos em diversas modalidades. Porém, o curso de Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio é o que este trabalho investiga, visto que sua oferta deve ser a prioridade dos Institutos Federais. Nesta perspectiva, através de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de análise documental e de um estudo de caso, tendo como instrumento de investigação a entrevista compreensiva e a análise de livro didático, este trabalho teve como objetivo geral analisar o papel político do trabalho docente e sua relação com a justiça social em tempos de educação neoliberal. Partindo desse objetivo geral, delinearam-se como objetivos específicos: verificar que significados são construídos pelos professores e professoras entre os objetivos da Educação Profissional, a missão do IFFar e a práxis; investigar como as práticas discursivas de professores e professoras são permeadas pelos valores neoliberais e/ou de justiça social; examinar se os livros didáticos utilizados por professores e professoras sinalizam ou não para a educação como ferramenta da justiça social. A partir disso, defende-se, nesta tese, que os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia foram criados, segundo seus documentos, como política pública visando a contribuir para a justiça social e que a justiça curricular deve nortear o trabalho docente. Todavia, os docentes vivem uma situação, por vezes, ambivalente entre uma perspectiva engajada e uma perspectiva de aderência ao discurso conservador neoliberal, o que mostra que se o professor/professora não tiver uma compreensão do papel político de seu trabalho, dificilmente a justiça curricular será seu norte e, consequentemente, a justiça social terá menos probabilidade de se efetivar. |