Características produtivas e de qualidade de vinhos finos produzidos em região de altitude catarinense com cultivares italianas de videira (Vitis vinifera) em diferentes porta-enxertos e densidade de plantio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nardello, Izabel Camacho
Orientador(a): Malgarim, Marcelo Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14635
Resumo: Na adaptação de cultivares de videiras a novas regiões produtivas, o uso de portaenxertos contribui adequando a planta as condições de solo e clima. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é avaliar a influência dos porta-enxertos nas características produtivas e enológicas de novas cultivares italianas em Santa Catarina. Para isso foi instalado um vinhedo no ano de 2016, no município de Água Doce – SC, com as cinco cultivares italianas, selecionadas a partir do projeto Trento 2006 (Rebo, Sangiovese, Gargânega, Manzoni e Vermentino), utilizando cinco diferentes porta-enxertos (101- 14 Mgt, Harmony, IAC 572, Paulsen 1103 e VR 043-43) e três espaçamentos entre plantas (1,0; 1,2 e 1,5 metros). Avaliou-se as características fenológicas e produtivas das videiras assim como as características de qualidade dos vinhos. Conclui-se que para cultivar Rebo, o crescimento inicial é reduzido com espaçamento de 1,0 metro, independente do porta-enxerto utilizado e, os porta-enxertos 101-14 Mgt, VR043-43 e Paulsen 1103, induzem a maior produtividade nos espaçamentos de 1,0 e 1,2 metros. Para cultivar Vermentino, os porta-enxertos Paulsen 1103 e VR 043-43 atrasam as brotações e diminuem os subperíodos fenológicos. Os porta-enxertos Paulsen 1103 e 101-14 Mgt contribuem para a maior produtividade. O porta-enxerto IAC 572 apresenta a menor contribuição para aporte de polifenóis e atividade antioxidante. O espaçamento de 1.0 metro entre plantas contribui para a maior produtividade do vinhedo. O porta-enxerto VR 043-43 proporciona a maior acidez total dos vinhos. As safras interferem em relação a qualidade dos vinhos independente do porta-enxerto utilizado, e que, sensorialmente os vinhos do cultivar Vermentino apresentam aspecto límpido, tonalidade amarela com reflexos esverdeados e acidez média, independente do porta-enxerto utilizado. Para a cultivar Sangiovese, os porta-enxertos IAC572, Paulsen 1103 e VR043-43 atrasam as brotações; os espaçamentos de 1,0 e 1,2 metros entre plantas aumentam a produtividade do vinhedo; o conteúdo de sólidos solúveis é superior quando utilizado os porta-enxertos 101-14 Mgt, Harmony e Paulsen 1103; e o teor de antocianinas é incrementado pelos porta-enxertos 101-14 Mgt e Harmony, e que, a qualidade dos vinhos é influenciada pela a safra de cultivo; sensorialmente o uso de porta-enxertos não altera de forma global o equilíbrio dos vinhos e que os porta-enxertos 101-14 Mgt e Harmony contribuem para a maior concentração alcoólica e de compostos fenólicos. Para a cultivar Manzoni, o portaenxerto Paulsen 1103 atrasa as brotações e diminui o ciclo produtivo; o porta-enxerto IAC 572 diminui a produtividade inicial do vinhedo; e o espaçamento de 1,0 metro entre plantas na linha de plantio confere maior produtividade por hectare, e que, a qualidade físico-química e sensorial dos vinhos Manzoni Bianco em diferentes portaenxertos é dependente da safra de cultivo.