Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Francine dos Santos |
Orientador(a): |
Demarco, Flávio Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4591
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Resumo: |
Estudos recentes têm mostrado o quão desigual é a distribuição das doenças bucais em diferentes grupos étnicos, sociais e econômicos e o mesmo tem sido observado para dor dentária. Esta condição pode comprometer atividades básicas do cotidiano de crianças e adolescentes e impactar negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal. A dor dentária é mais prevalente em subgrupos socialmente. Por estar associada principalmente à cárie dentária, constitui-se em uma condição evitável e, portanto, carece ser monitorada e prevenida. Em vista disso, o objetivo desta tese foi investigar desigualdades relacionadas à ocorrência de dor dentária em crianças e adolescentes. Uma revisão sistemática foi conduzida a fim de responder a seguinte questão de pesquisa: “Quão desigual é a ocorrência de dor dentária em crianças e adolescentes no mundo?”. Foi realizada meta-análise utilizando modelo randômico. A tendência de desigualdades relacionadas à dor dentária em adolescentes foi investigada através da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada com escolares do nono ano do ensino fundamental, matriculados nos anos escolares de 2009, 2012 e 2015 em escolas públicas e privadas. O estratificador utilizado foi a escolaridade materna e os indicadores de desigualdade utilizados foram o slope (SII) e concentration index (CIX). Os mesmos indicadores de desigualdades foram utilizados para avaliação da dor dentária em crianças participantes da coorte de nascimentos de 2004. Neste estudo os estratificadores avaliados foram a escolaridade materna, renda familiar ao nascer e mudanças na renda familiar ao longo da vida. Foram observadas desigualdades na ocorrência de dor dentária em crianças e adolescentes, sendo a prevalência de dor maior em meninas, crianças e adolescentes de cor da pele preta, com pior posição socioeconômica, naqueles filhos de mães menos escolarizadas e com episódios de pobreza ao longo da vida. Em relação à população brasileira pode-se observar que não houve redução nas desigualdades de dor dentária em adolescentes no país de 2009 para 2015. Ainda, as desigualdades foram mais marcantes nas regiões Norte e Nordeste. Assim, em vista das desigualdades encontradas na distribuição de dor dentária e do impacto que a dor pode ter na vida das crianças e adolescentes, ações em saúde pública devem ser conduzidas para redução destas desigualdades. |