Reforço de compósitos cimentícios aditivados com fibras de eucalipto e de pinus, puras e com TEOS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tessaro, Alessandra Buss
Orientador(a): Gonçalves, Margarete Regina Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5824
Resumo: O avanço de pesquisas sobre as propriedades das fibras vegetais ampliaram as suas aplicações e auxiliaram na obtenção de novos produtos. As fibras vegetais por serem de baixa densidade comparadas a outras fibras, não-abrasivas, porosas, viscoelásticas, biodegradáveis, de fácil tratamento superficial e renováveis, passaram a ser utilizadas como reforço em diversos tipos de compósitos. Nos compósitos em matrizes de cimento a sua inserção favoreceu a leveza e melhorou as propriedades mecânicas dos produtos. O trabalho tem como objetivo avaliar o reforço de compósitos cimentícios aditivados com fibras de eucalipto e de pinus, puras e tratadas com TEOS (tetraetilortosilicato – sílica organofuncionalizada), a partir do conhecimento de suas propriedades físicas, mecânicas e microestruturais. Para o desenvolvimento do trabalho foram obtidos comercialmente fibras de pinus, de eucalipto e o cimento de alta resistência inicial (CPV). As fibras foram caracterizadas quanto a sua absorção de água, puras e tratadas com TEOS, e morfologia (comprimento e largura) por microscopia óptica. Para a obtenção dos compósitos foram elaborados compósitos de cimento com adição de 2, 5 e 10% para as fibras de eucalipto e de pinus, úmidas, secas e com TEOS. Os compósitos foram caracterizados física e mecanicamente, através de ensaios de absorção de água, porosidade aparente e resistência à flexão a três pontos. Para os compósitos de melhor desempenho mecânico obteve-se imagens da interface, a partir da técnica de microscopia eletrônica de varredura e analisou-se a composição química, empregando a técnica de espectroscopia dispersiva de energia (EDS). O emprego do TEOS propiciou a redução do índice de absorção de água da fibra de eucalipto e a redução da porosidade nos compósitos. O preparo das fibras influenciou no reforço final do compósito. A morfologia da fibra de eucalipto e a baixa porosidade obtida nos compósitos com fibras com TEOS justificam os maiores valores de resistência mecânica obtidos. Comparativamente, a uma massa pura de cimento, os compósitos de cimento e fibras de eucalipto apresentam reforço à matriz cimentícia superior aos de cimento e fibras de pinus. Os compósitos que apresentaram os maiores reforços foram os constituídos com 2% de fibras, puras e com TEOS. Independente do tipo de fibra, o aumento da quantidade de fibras resulta em perda de resistência mecânica do compósito. O compósito com 2% de fibra de eucalipto com TEOS foi o que obteve o maior reforço com ganhos de 30,96% no valor da resistência a flexão a três pontos. A análise microestrutural mostrou que ocorreu interação das fibras de eucalipto e de pinus com a massa de cimento.