Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Xavier, Samantha Rodrigues |
Orientador(a): |
Pappen, Fernanda Geraldo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4611
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Resumo: |
Apesar do grande número de estudos in vitro demonstrando e quantificando a ocorrência de extrusão apical de debris com diferentes instrumentos, não há evidência científica biológica confirmando a influencia da quantidade e infecção dos debris extruidos na resposta tecidual. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar in vivo a resposta tecidual a diferentes quantidades de debris de dentina infectados e não infectados. A resposta tecidual foi avaliada em 42 ratos Wistar, após 7, 30 e 60 dias (n = 6 por período). Para cada animal, três cavidades cirúrgicas foram preparadas no fêmur direito e preenchidas com diferentes quantidades (5mg, 10mg ou 20mg) de debris de dentina infectados ou não infectados. No grupo controle negativo, as cavidades cirúrgicas foram mantidas sem preenchimento. Ao final de cada período experimental, os animais foram eutanasiados aleatoriamente. As amostras foram processadas histologicamente e analisadas usando um microscópio de luz. A presença e a severidade da reação inflamatória, bem como a deposição de tecido mineralizado, foram avaliadas. Os dados foram analisados estatisticamente e os efeitos das variáveis dependentes calculados, usando o software SPSS (versão 20.0, SPSS, Inc., Chicago, USA) usando os testes não paramétricos Kruskal Wallis e Mann-Whitney U com correção de Bonferroni a p=0,05. A presença de debris infectados aumentou significativamente os escores para neutrófilos (P<0.05), e formação de abscesso (P<0.05). Debris não-infectados ocasionaram scores significativamente mais altos de infiltrado linfocítico em comparação ao grupo controle e aos debris infectados. Eosinófilos foram detectados com mais frequência nos grupos contendo debris em comparação ao controle. Com relação às células gigantes e aos macrófagos, não foi detectada diferença entre os grupos (P>0.05). Inicialmente, a deposição de tecido mineralizado foi semelhante entre os grupos (P=1.00). Os parâmetros histológicos avaliados não foram significativamente influenciados pela quantidade de debris inserida na cavidade (P>0.05). Considerando todos os parâmetros avaliados, a resposta inflamatória foi significantemente mais intensa aos 7 dias, em comparação aos períodos de 30 e 60 dias (P<0,05). No entanto, a neoformação óssea aumentou significativamente após 30 dias (P<0,05). Nenhuma diferença nos parâmetros avaliados foi observada entre 30 e 60 dias (P=1,00). É possível concluir que a afirmação de que a quantidade de debris extruída pode afetar negativamente a resposta inflamatória do tecido ósseo não foi validada no presente estudo. Já a presença de debris de dentina infectados pode causar o aumento dos parâmetros inflamatórios agudos, especialmente no período inicial de contato com os tecidos; no entanto, em longo prazo, estes efeitos negativos são atenuados. |