Nietzsche e a natureza humana: da moral como contranatureza à naturalização do homem.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lemos, Nicolle Eloisa
Orientador(a): Araldi, Clademir Luís
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7551
Resumo: A presente dissertação, partindo de uma análise crítico-imanente, busca investigar do projeto crítico nietzschiano, a moral como contranatureza, ao projeto construtivo de sua filosofia tardia, a naturalização do homem, a partir de um fio condutor, a saber, a natureza humana. Desse modo, no primeiro momento averiguaremos a moral como contranatureza, procedendo com o empreendimento genealógico proposto por Nietzsche, isto é, avaliar os valores morais partindo de sua proveniência e as consequências que acarretam à totalidade da vida. Como o próprio conceito sugere, a moral é contranatureza à medida que prescreve a castração de nossos instintos naturais, subscrevendo o homem a uma ordem moral do mundo que o submete a conceitos como má consciência, culpa e autodesprezo. À medida que se radicaliza a crítica de Nietzsche à moral, redimindo o homem de sua própria natureza depreciada, há a radicalização do niilismo enquanto a tomada de consciência moderna de que os seus valores se assentavam no nada. Sem Deus ou qualquer princípio metafísico para fundamentar os valores, Nietzsche se coloca como o responsável pela grande tarefa de estabelecer as novas condições de existência que estará alicerçada a humanidade. Essas novas condições, portanto, requerem a naturalização do homem em três diferentes ângulos: uma nova concepção de natureza humana, uma moral naturalizada e um meio para que o homem possa se assentar nas novas condições propostas pelo filósofo.