Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Rafael da Silva |
Orientador(a): |
Nava, Dori Edson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8748
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Resumo: |
Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (Hymenoptera: Figitidae) é um endoparasitoide coinobionte de larvas de moscas-das-frutas, sendo um candidato para o estabelecimento do controle biológico aplicado. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma técnica de criação de A. pelleranoi e estudar sua biologia em diferentes hospedeiros e temperaturas, sendo desenvolvido em três etapas. Na primeira etapa, onde se realizaram os experimentos visando ao desenvolvimento de uma técnica de criação determinou-se que larvas de terceiro ínstar de Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) são preferidas para o parasitismo em relação às do primeiro e segundo ínstares, tanto no teste de livre escolha quanto no de confinamento. O tempo de 4h de exposição de larvas de A. fraterculus propiciou a produção de um maior número de parasitoides, maior percentual de parasitismo e emergência e maior proporção de fêmeas na população descendente. A quantidade de quatro larvas de A. fraterculus por fêmea de A. pelleranoi, oferecidas por um período de 4 horas propiciou a maior produção de parasitoides. O fornecimento de uma solução aquosa de mel na concentração de 30% para os parasitoides é essencial para que produzam uma maior quantidade de descendentes e sejam mais longevos. Na segunda etapa, onde se estudou a biologia de A. peleranoi em larvas de A. fraterculus e Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae) observou-se que os parasitoides multiplicados em larvas de A. fraterculus produziram um maior número de descendentes, apresentaram uma menor duração do período ovo-adulto, maior razão sexual, maior longevidade e uma maior porcentagem de parasitismo e emergência do que os criados em larvas de C. capitata. Determinou-se também que: A. pelleranoi criados em A. fraterculus foram mais pesados e apresentaram uma tíbia maior do que os criados em C. capitata. Com base na tabela de vida de fertilidade determinou-se que o tempo necessário para duplicar a população (Td) foi de cerca de 3,4 vezes menor para os insetos obtidos de larvas de A. fraterculus. Portanto, A. pelleranoi possui um melhor desenvolvimento em larvas de A. fraterculus. Na terceira etapa observou-se que fêmeas mantidas nas diferentes temperaturas produziram uma maior quantidade de parasitoides na faixa térmica de 18 e 20ºC, sendo que o parasitismo variou de 21,7 a 34,4 na faixa térmica estudada. A longevidade de machos e de fêmeas foi inversamente proporcional à temperatura, variando de 49,1 a 3,73 dias para fêmeas e de 32,1 a 3,8 dias para machos, na faixa térmica de 18 a 30 ºC, respectivamente. A duração do ciclo biológico (ovo-adulto) variou de 69,1 dias a 18 ºC para 30 dias a 25 ºC. Nas temperaturas de 28 e 30 ºC não houve desenvolvimento do período pré-imaginal de A. pelleranoi. O limiar térmico inferior de desenvolvimento (Tb) e a constante térmica (K) foram de 11,69 ºC e 391,70 graus-dia. Assim, demonstra-se neste trabalho que A. pelleranoi tem uma preferência por temperaturas mais amenas. |