A educação para um novo princípio de realidade: contribuições da filosofia de Herbert Marcuse.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ulguim, Daltro Lucena
Orientador(a): Oliveira, Avelino da Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7743
Resumo: Esta tese tem como objetivo responder à seguinte questão de pesquisa: Como a Educação pode contribuir para superar teoricamente a Mais-repressão do Princípio de Desempenho exigido por um Princípio de Realidade do sistema estabelecido? Descobrimos que a filosofia de Schiller, com Marx e Freud, são fontes importantes da filosofia de Marcuse. Outra descoberta foi que as categorias do impulso formal e impulso sensível sintetizadas no impulso lúdico de Schiller e analisadas dialeticamente com a energia de Eros, livre do Princípio de Realidade estabelecido, se tornam uma força com um propósito, objetivo, e resultado possível. No entanto, o Princípio de Realidade é opressivo, enquanto autorreprodução de si e do sistema: um ciclo retroalimentador que garante sua existência e repetição. Assim, para mudar o sistema opressivo é necessário mudar o Princípio de Realidade Estabelecido por um Novo Princípio de Realidade. O Novo Princípio de Realidade deve ser orientado por um Princípio de Prazer constituído por Eros, impulso sensível, impulso formal, fantasia, imaginação, e uma repressão mínima direcionada para a vida, formando um todo dialético que permite libertar o ser social e sua emancipação. A Educação emancipatória deverá fazer o esforço de trabalhar no que se tornou o jogo de aprendizagem ou atividade lúdica. Se o sistema estabelecido reproduz a opressão através da Educação do homem unidimensional e Eros, escravizando o ser social, com Mais-repressão, então, o que defendemos na tese é isso: a superação conceitual da Mais-repressão e a consequente libertação de Eros e do ser social, porque tal emancipação só pode ocorrer através de uma Educação orientada para outra dimensionalidade. A Educação baseada na capacidade revolucionária da arte, baseada na força do belo livre, dirigida e avaliada pelo impulso formal e pelo impulso sensível, adicionando a capacidade criativa da imaginação, da fantasia, superação conceitual das Mais-repressão e da liberdade de Eros através de uma repressão mínima, vai mudar o Ser Social e sua natureza para outra dimensionalidade, pois é a aplicação do conhecimento para a melhoria das condições de emancipação e libertação da mente e do corpo. Devemos libertar o Princípio de Prazer e Eros reprimido no Princípio de Realidade do sistema opressor estabelecido, dirigindo suas forças e energias para um objetivo educacional teórico, orientando o Ser Social para uma nova dimensionalidade, dimensionalidade contida nesta prática habilitada para superar teoricamente a Mais-repressão contida no Princípio de Desempenho de sistema estabelecido.