Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Lauren Machado |
Orientador(a): |
Timm, Cláudio Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4636
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Resumo: |
Staphylococcus coagulase positiva e Yersina enterocolitica são importantes patógenos relacionados a casos de intoxicações e infecções alimentares associadas ao consumo de carne suína, respectivamente. O objetivo deste estudo foi rastrear Staphylococcus coagulase positiva e Yersinia enterocolitica no fluxograma de abate de suínos e identificar suas fontes de contaminação. Para a pesquisa de Staphylococcus coagulase positiva, foram acompanhados quatro suínos de 10 diferentes lotes enviados ao abate. Foram coletadas amostras das pocilgas de espera antes da chegada dos animais e, durante o abate, amostras de fezes diretamente do reto após a insensibilização, da superfície da carcaça após a depiladeira, após a evisceração e antes da entrada na câmara fria, dos linfonodos mesentéricos, da língua e da papada. Para a pesquisa de Yersinia enterocolitica, foram acompanhados 60 animais de 15 baias de uma granja no Rio Grande do Sul. Foram coletadas amostras de fezes do chão das baias na granja e diretamente do reto imediatamente após o abate, da carcaça após a depiladeira, após a evisceração e antes da entrada na câmara fria. Também foram coletadas amostras da papada de cada animal. Amostras de água do tanque de escaldagem foram coletadas antes de iniciar o abate e após a passagem dos animais. Os isolados foram obtidos através de análises microbiológicas e identificados por PCR. A similaridade das cepas foi comparada através de rep-PCR. Staphylococcus coagulase positiva foi isolado de 40% das pocilgas de espera. Os linfonodos foram o ponto de maior isolamento (19%), seguidos da entrada da câmaria fria (17,8%), do reto (16,1%), após a evisceração (16,1%), papada (12,5%), após a depiladeira (8,9%) e língua (8,9%). Através dos resultados pode-se concluir que as pocilgas de espera são importantes fontes de contaminação de SCP para os suínos, que uma vez contaminados, podem disseminar o micro-organismo no fluxograma de abate, através das fezes, linfonodos mesentéricos e cavidade oral. Este é o primeiro estudo no Brasil que demonstra serem as pocilgas de espera importantes fontes de contaminação de SCP para suínos enviados ao abate. Yersinia enterocolitica foi isolada de três baias na granja de origem (20%) e de 20 amostras (6,67%) obtidas no fluxograma, sendo a papada o ponto de maior isolamento (30%), seguida da carcaça após a depiladeira (25%), na entrada na câmara fria, (20%), após a evisceração (15%) e reto (10%). Nenhum isolado foi obtido a partir da água de escaldagem. Após a rep-PCR observou-se que os suínos contaminados na granja podem carrear o micro-organismo para outros pontos do fluxograma de abate. No entanto, as fontes de contaminação que se encontram no próprio frigorífico são mais frequentes e diversas. A papada e a carcaça na entrada da câmara fria são os pontos mais críticos. As medidas de boas práticas adotadas na higienização das pocilgas de espera no pré-abate, bem como as adotadas durante o fluxograma de abate, se ineficientes, podem permitir a persistência de Staphylococcus coagulase positiva e Yersinia enterocolitica no produto final, respectivamente, constituindo um risco à saúde pública. |