Efeitos letais e subletais de inseticidas utilizados na cultura do pessegueiro sobre o predador Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) em condições de laboratório e semi-campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Armas, Franciele Silva de
Orientador(a): Grützmacher, Anderson Dionei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8381
Resumo: Dentre as principais frutíferas cultivadas na região Sul do Brasil, destacam-se as de clima temperado como o pessegueiro, a ameixeira e a macieira. Nessas culturas, um dos principais problemas enfrentados, tem sido o manejo de artrópodes-praga, especialmente a Anastrepha faterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) e a Grapholita molesta (Busck, 1916) (Lepidoptera: Tortricidae), e a principal forma de controle é a aplicação de inseticidas. Entretanto, a utilização de inseticidas como medida única para o controle, está em desacordo com o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que prevê a combinação dos controles químico e biológico. Nesse sentido, estudos de toxicidade de inseticidas a inimigos naturais, geram informações importantes para que a associação desses métodos, seja viabilizada. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a toxicidade dos inseticidas acetamiprido + etofenproxi, espinetoram, indoxacarbe e metoxifenozida sobre Chrysoperla externa Hagen, 1861 (Neuroptera: Chrysopidae), utilizando a metodologia proposta pela “International Organization for Biological and Integrated Control” (IOBC), através de bioensaios em laboratório sobre ovos, larvas, pupas e adultos, além de testes de persistência biológica em casa-de-vegetação. Em ovos e pupas foi realizado a pulverização direta dos inseticidas, e larvas e adultos consistiram na exposição dos insetos a resíduos pulverizados sobre placas de vidro. Os bioensaios de persistência biológica (duração da atividade nociva) de inseticidas sobre larvas e adultos, foram através da exposição dos insetos a resíduos dos inseticidas pulverizados sobre extrato foliar e avaliados em diferentes intervalos de tempo. Em condições de laboratório, todos os inseticidas testados foram inócuos (classe 1) a ovos do predador, e somente acetamiprido + etofenproxi foi considerado como levemente nocivo (classe 2) a fase de pupa. Os efeitos dos inseticidas causaram resultados semelhantes a fase larval e adulta de C. externa em laboratório, no qual os inseticidas acetamiprido + etofenproxi, espinetoram, indoxacarbe foram nocivos (classe 4) a ambos os estágios. No que diz respeito a persistência biológica de inseticidas, espinetoram e indoxacarbe foram moderadamente persistentes (classe 3) para larvas, e somente o espinetoram apresentou-se como levemente persistente (classe 2) a adultos, os demais inseticidas, acetamiprido + etofenproxi, indoxacarbe e metoxifenozida foram classificados como inseticidas de vida curta (classe 1) nesta avaliação. Conforme os resultados dos bioensaios em laboratório e em casa de vegetação, é evidente a diferença de suscetibilidade entre as fases de larva e adulto de C. externa, devendo ser priorizado a utilização dos inseticidas acetamiprido + etofenproxi e metoxifenozida, visto que não causaram efeitos deletérios na fase larval de C. externa, que é mais sensível aos inseticidas, favorecendo assim a viabilidade do controle biológico.