Efeito de diferentes protocolos para remoção de biofilme na resistência ao cisalhamento de bráquetes ortodônticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rigo, Celso Luiz
Orientador(a): Cenci, Maximiliano Sérgio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7970
Resumo: A crescente busca por estética na Odontologia e a procura de adultos por tratamentos ortodônticos para correção da oclusão e do sorriso aumentou a demanda por uso de bráquetes ortodônticos estéticos. A adesão ao esmalte dos bráquetes estéticos cerâmicos ainda é um desafio e inúmeros materiais e técnicas são lançados no mercado a todo o momento. Portanto, a seleção de tipos de bráquetes e materiais para colagem pode ser desafiadora diante de tanta diversidade. Adicionalmente, os materiais não são os únicos responsáveis pelos sucessos ou insucessos das colagens, e a forma como a técnica é realizada também é de extrema importância. Neste sentido, a limpeza da superfície do esmalte antes da colagem é um fator de destaque. Muito pouca atenção tem sido dada a uma questão relativamente simples, mas importante: Qual é o melhor protocolo para preparar a superfície do esmalte e remover o biofilme dentário e outras substâncias, que possa melhorar a adesão dos bráquetes ortodônticos às superfícies dentais? Baseado nisso, este estudo foi delineado para avaliar o efeito de diferentes protocolos de remoção de biofilme da superfície do esmalte dentário bovino na resistência de união de bráquetes cerâmicos e metálicos. Discos de esmalte bovino foram aleatoriamente divididos em 12 grupos (n=10), de acordo com a combinação dos seguintes fatores: tipo de bráquetes ortodôntico em dois níveis (braquetes cerâmicos e bráquetes metálicos); tipo de adesivo para colagem em dois níveis (Transbond XT our SingleBond +Z100); e protocolo de limpeza do esmalte em três níveis (controle sem limpeza, limpeza com pasta profilática fluoretada ClinPro, e limpeza com pasta profilática sem flúor Villevie). Todos os discos de esmalte foram submetidos à formação padronizada de biofilme por 3 dias, sob exposição intermitente à sacarose. Em seguida, os protocolos de limpeza foram realizados por 10s com instrumento rotatório (exceto no grupo controle). Os bráquetes foram colados aos discos de esmalte de acordo com as instruções dos fabricantes. Todos os espécimes foram armazenados em água destilada por 7 dias antes do teste de resistência de união por cisalhamento (RU). As superfícies onde ocorreu a descolagem dos bráquetes foram avaliadas com o índice de adesivo remanescente (ARI). Como resultados, observou-se que a maior (RU) foi encontrada para bráquetes metálicos no geral, e em especial quando cimentados com Transbond XT (p<0,001) e quando não houve remoção de biofilme. As outras condições experimentais não afetaram a RU (p> 0,05). Braquetes metálicos e todos os bráquetes cimentados com Transbond XT apresentaram menores escores para ARI comparados aos bráquetes cerâmicos ou àqueles cimentados com Z100 (p<0,001). Em conclusão, a colagem de bráquetes ortodônticos não foi afetada pelos protocolos de limpeza da superfície dentária, nem pelo sistema adesivo usado para colagem. Braquetes metálicos exibiram maiores valores de RU ao esmalte do que bráquetes cerâmicos.