Atividade antimicrobiana de extratos vegetais e toxicidade em modelos alternativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Giordani, Claudia
Orientador(a): Cleff, Marlete Brum
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3957
Resumo: As plantas medicinais têm sido utilizadas desde épocas remotas, e atualmente são alvos da pesquisa para obtenção de novos compostos bioativos, para combater, principalmente, patógenos resistentes. Nessa realidade, existe a preocupação do uso das plantas sem a avaliação química e toxicológica. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a suscetibilidade dos isolados clínicos resistentes aos fármacos convencionais frente a extratos hidroalcoólicos de Schinus terebinthifolius (ST), Eugenia uniflora (EU), Polygonum hydropiperoides (PH), Baccharis trimera (BT), Equisetum hyemale (EH) e Solidago chilensis (SC), e determinar a composição química, atividade antioxidante e toxicidade in vitro e in vivo dos extratos. Para avaliação da suscetibilidade in vitro das bactérias (n=58) e fungos (n=30) realizou-se o teste de microdiluição em caldo (CLSI, M07-09, M38-A2 e M27-A3). Os níveis de atividade antioxidante foram identificados pelos testes com DPPH e ATBS, e os compostos químicos identificados através de cromatografia líquida e gasosa. A determinação da toxicidade dos extratos in vitro foi avaliada em células Vero (teste do MTT), em células espermáticas (parâmetros de motilidade = CASA, e de estrutura = citometria de fluxo), e em eritrócitos caninos (capacidade hemaglutinante e hemolítica). A toxicidade in vivo foi avaliada em ovos de codorna embrionados. Os extratos de ST, PH e EU apresentaram ação fungiostática e fungicida sobre Sporothrix brasiliensis, Malassezia pachydermatis e dermatófitos (0,19-100 mg.mL-1), bacteriostática e bactericida em Gram-positivas e Gram-negativas (0,03-7,5 mg.mL-1), além de níveis antioxidantes superiores, com presença de compostos fenólicos e flavonoides. Em relação a toxicidade in vitro, houve alterações nas concentrações mais altas, principalmente nos EU e ST. No ensaio de toxicidade espermática observou-se redução na viabilidade celular e motilidade espermática, reação no acrossoma, aumento de fluidez da membrana, diminuição do potencial de membrana mitocondrial, sendo observadas alterações a partir da concentração 1,5 mg.mL-1 para ST, ao contrário de PH, onde só se observam alterações na motilidade a partir de 6,2 mg.mL-1. Em concentrações ≤0,08 mg.mL-1 (ST, EU e PH) não foram observadas reações de hemaglutinação e hemólise, sendo PH o menos tóxico. Na avaliação in vivo, nenhum destes extratos demonstrou efeitos tóxicos nos embriões (0,94-7,5 mg.mL-1). Os extratos de ST, EU e PH, apresentam-se promissores, com possibilidade de isolamento de substâncias antimicrobianas e antioxidantes.