Hannah Arendt: a natalidade enquanto condição humana para a Política.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Azevedo, Daniela Grillo de
Orientador(a): Schio, Sônia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5044
Resumo: Esta pesquisa demonstra, a partir do pensamento de Hannah Arendt (1906-1975), a forma pela qual a natalidade relaciona-se à ação, implicando na responsabilidade política. Para a autora, o fato do nascimento é uma categoria política porque, a partir de cada novo ser é possível surgir no mundo novas ações. O nascimento também se torna, na perspectiva de Arendt, um elo capaz de interligar os humanos, pois ao nascer o novo ser humano passa a conviver e compartilhar um mundo que é comum a todos. Este, diferentemente da natureza (que é cíclica e se refaz constantemente), necessita das ações humanas para ser preservado. Sendo assim, em virtude de os homens nascerem em um mundo plural e possuírem a capacidade para agir, as ações não necessitam apenas de um espaço para ocorrerem (espaço público), mas também da Ética, posto que, se cada ser é um iniciador, podendo desencadear novos acontecimentos e eventos que repercutem no mundo, tais agentes são também responsáveis, tanto por suas ações, quanto pelo mundo. Ou seja, o pensamento de Arendt possibilita afirmar que a natalidade, enquanto condição humana para a política, representa uma espécie de compromisso de todos os homens e mulheres com o mundo (o que Arendt chamou também de responsabilidade política) simplesmente porque nasceram e possuem a capacidade para agir.