Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lazzari, Jéssica |
Orientador(a): |
Gasperin, Bernardo Garziera |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11759
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Resumo: |
O estresse térmico é um dos principais problemas que acometem a atividade leiteira e ocorre quando há o desbalanço entre calor produzido pelo organismo e absorvido do ambiente e a capacidade de dissipação, influenciada pela conformação da camada de pelos e da pele. As colorações da pelagem diferem na absorbância, que em manchas pretas é de 90%, em manchas vermelhas de 60-70% e em manchas brancas 40%. Geralmente os estudos que comparam a termorregulação na raça Holandês, incluem animais majoritariamente pretos ou brancos e intermediários e não os vermelhos. Dessa forma, o estudo teve por objetivo comparar a capacidade termorregulatória de vacas da raça Holandês de pelagem vermelha e branca ou preta e branca criadas em sistema semiextensivo, em condições de termoneutralidade e estresse térmico. Vacas da raça Holandês, criadas em sistema semiextensivo, foram alocadas nos grupos: grupo HVB, de pelagem vermelha e branca, e grupo HPB, de pelagem preta e branca. Para cada vaca HVB, buscou-se uma vaca HPB equivalente quanto a porcentagem de manchas, escore de condição corporal, peso, produção de leite, dias em lactação, ordem de parição e status reprodutivo. As condições ambientais foram registradas a cada hora e calculado o índice de temperatura e umidade (ITU), considerando-se ausência de estresse quando o ITU < 68. A temperatura interna foi registrada a cada 30min por termômetros intravaginais fixados em implantes de progesterona novos (n=18). As temperaturas superficial e da carúncula lacrimal foram obtidas através de imagens termográficas (n=26 na estação fria; n=34 na estação quente). A taxa de sudação foi estimada por teste colorimétrico de SCHLEGER e TURNER. Na estação fria, as condições ambientais se mantiveram na classificação ausência de estresse e a temperatura interna, horas em hipertermia, taxa de sudação e temperatura da carúncula lacrimal não diferiram entre os grupos. Apenas a temperatura superficial média (HPB: 30,9±0,3 ºC; HVB: 29,6±0,3ºC; p=0,02) e máxima (HPB: 32,0±0,3ºC; HVB: 30,9±0,3ºC; p=0,05) foram inferiores no grupo HVB. Na estação quente, nas horas mais quentes do dia, o ITU foi de estresse leve e moderado e em alguns momentos atingiu estresse severo, enquanto nas horas mais frias, a classificação foi de ausência de estresse. A temperatura superficial, da carúncula lacrimal e interna, horas em hipertermia e taxa de sudação não diferiram entre os grupos. A temperatura interna média foi discretamente inferior no grupo HVB (HPB: 38,75±0,01 ºC; HVB: 38,62±0,1 ºC; p=<0,0001). Quando a avaliação foi segmentada em quartis, observou-se efeito do grupo e do ITU (P<0,001) e não houve interação (p=0,62). Dessa forma, em estresse térmico leve a moderado, vacas Holandês vermelhas e brancas não demonstraram ser mais termotolerantes que vacas pretas e brancas. As alterações estatisticamente significantes não traduzem vantagens fisiológicas aos animais vermelhos nas condições testadas. |