Atividade antifúngica in vitro de diferentes extratos de Olea europaea L., variedades Arbequina e Picual, frente à fungos de importância em medicina veterinária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Otávia de Almeida
Orientador(a): Meireles, Mario Carlos Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9154
Resumo: A oliveira (Olea europaea L.) é uma das frutíferas mais antigas, amplamente cultivada no mundo e de grande importância no mercado alimentício. No Brasil, as condições tropicais favorecem o crescimento vegetativo da planta. A resistência às drogas na terapia antifúngica e o uso de plantas medicinais como uma abordagem para melhorar a eficácia desses fármacos. Com base na busca por novas substâncias e no crescente surgimento de micro-organismos resistentes que o objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antifúngica dos resíduos da indústria de oliveiras (Olea europaea L.), como o bagaço (variedade Picual) e partes vegetativas de cultivares de oliveira das variedades Arbequina e Picual, frente a Candida spp., Microsporum gypseum e Sporothrix brasiliensis. A metodologia para os testes de sensibilidade in vitro foi referenciada pelo documento M27-A3 preconizado pelo CLSI para as leveduras e protocolo M38-A2, para fungos filamentosos, ambos adaptados para uso de fitoterápicos. No estudo foram utilizados 15 isolados, isolados de Candida spp., sete isolados de Microsporum gypseum e 15 isolados de Sporothrix brasiliensis. A atividade antifúngica dos extratos hidroalcoólicos de folhas de Olea europaea L. se sobressaíram no resultado final de todo experimento seguido do extrato aquoso de decocção. Os extratos hidroalcoólicos do bagaço da variedade Picual e das folhas das variedades Picual e Arbequina apresentaram atividade fungistática promissora frente aos isolados de Microsporum gypseum. Os resultados demonstram utilidade potencial desses extratos no tratamento da dermatofitose, no entanto mais estudos devem ser realizados frente as demais espécies de dermatófitos para comprovação de sua efetividade, além de testes de citotoxidade para avaliar seu uso seguro frente a casos clínicos dessa micose. Os extratos de infusão e hidroalcoólicos das folhas da variedade Picual apresentaram maior ação inibitória especialmente frente aos isolados de Candida spp. e Sporothrix brasiliensis, apresentando parâmetros importantes para apontar os produtos como uma alternativa terapêutica após próximos testes, verificação da citotoxidade e utilização em modelos in vivo, incentivando seu potencial de aplicação. Nesta tese foi incluída, ainda, uma revisão de literatura que teve como objetivo relatar tanto a atividade antimicrobiana de extratos de Olea europaea L., quanto comparar os testes realizados e tipos de variedades utilizadas de papers publicados entre os anos de 2000 a 2018.