Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
ARRUDA, Isabel Renata de Souza |
Orientador(a): |
VICENTE, Antônio Augusto Martins de O. S.,
CUNHA, Maria das Graças Carneiro da,
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12319
|
Resumo: |
Xiloglucanas são polissacarídeos solúveis em água, não tóxicos, os quais podem formar soluções altamente viscosas a baixas concentrações e em associação com outros polissacarídeos formam géis que controlam a estrutura e a textura de muitos produtos comerciais. A xiloglucana presente nas sementes de Hymenaea courbaril var. courbaril, uma árvore brasileira pertencente à família Fabaceae e subfamília Caesalpiniaceae, popularmente conhecido por Jatobá, tem sido estudadas para a produção de membranas com aplicação biotecnológica. O presente trabalho teve por objetivo a extração e caracterização da xiloglucana contido nas sementes de H.courbaril, produção e caracterização de membranas deste polissacarídeo contendo a lectina concanavalina A (ConA) incorporada e avaliação do efeito no tratamento tópico utilizando as membranas frente a lesões cutâneas experimentais em camundongos. Os rendimentos de extração da xiloglucana apresentaram resultados de 71,71% ± 5 e 81,05% ± 7. A caracterização estrutural e reológica confirmou uma estrutura amorfa com picos característicos do respectivo polissacarídeo, enquanto que a composição monossacarídica realizada por GC/MS mostrou uma relação de glicose:xilose:galactose:arabinose (40:34:20:6). Os espectros de RMN confirmaram a estrutura central da xiloglucana composta por unidades de glicose parcialmente ramificadas com unidades terminais de xilose e galactose. As membranas de xiloglucana com ConA incorporada foram eficientemente produzidos, não apresentando toxicidade e mantendo-se estáveis por aproximadamente 40 dias. A interação entre lectina e polissacarídeo foi confirmada através do pico característico no FTIR. As microscopias de transmissão e fluorescencia confirmaram a boa distribuição morfológica das membranas, enquanto os perfis das propriedades mecanicas mostraram que a incorporação da lectina aumentou a resistencia do mesmo e não alterou as características de cor e permeabilidade aos gases. Uma vez caracterizado, As membranas foram aplicados em feridas cutâneas experimentais em camundongos BALB/C e a avaliação histopatológica ocorreu durante um período de 0-16 dias. As amostras foram divididas em 3 grupos: Membranas de xiloglucana-ConA (MXC), Membranas de xiloglucana (MX) e solução salina (controle negativo). MXC apresentou sinais inflamatórios como edema e hiperemia estatisticamente menos intensos quando comparados a MX e o controle negativo. A análise histopatológica confirmou a completa reepitelização do tecido tratado com a presença de fibras colágenas localizados no tecido fibroso de granulação nos dias 10, 13 e 14, respectivamente para MXC, MX e controle negativo. Devido à eficácia e ao menor tempo de cicatrização de MXC, podemos concluir que a membrana de xiloglucana com ConA incorporada pode ser utilizada em processos de reparação nas lesões cutâneas. |