Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ARRUDA, Marcela dos Santos |
Orientador(a): |
MELO, Hugo Moura de Albuquerque |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Gerontologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55941
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Resumo: |
Quedas são a causa mais comum de acidentes e morbidade associadas ao evento em idosos, estando entre os principais motivos de procura por atendimento médico de urgência. Os fatores de risco para quedas são multifatoriais, com consequências adversas que vão de lesões físicas, redução de funcionalidade, impacto na qualidade de vida e óbito. Os idosos atendidos em serviços de emergência têm risco aumentado de queda independente do motivo incentivador da busca pelo atendimento, com índice elevado de gravidade. Objetivos: Analisar a incidência de quedas em idosos, admitidos em serviço de pronto atendimento, por queixas não relacionadas ao evento e fatores de risco associados. Métodos: Estudo de coorte prospectiva, incluindo pessoas idosas (65 anos e mais), de ambos os sexos, admitidas no pronto atendimento de um hospital terciário, por queixas não relacionadas a queda e acompanhadas durante um período de 6 meses, com contatos telefônicos de seguimento realizados em 30, 90 e 180 dias. Foram excluídos os pacientes na ausência de informante quando paciente com alteração do estado mental ou comprometimento cognitivo e removidas perdas por recusa posterior e perda de seguimento nos contatos telefônicos. As análises foram realizadas com o pacote estatístico Stata versão 17 e comparados em dois grupos separados pela presença ou ausência do desfecho central de quedas. Resultados: 655 pessoas idosas foram acompanhadas em 6 meses, com 65 (10%) apresentando quedas durante o seguimento, com um total de 111 eventos no período, ocorrendo a maioria no próprio domicílio (85,9%). Não houve diferença entre aqueles que apresentaram um evento de quedas ou não quanto a idade, sexo, escolaridade ou nível socioeconômico. Nos primeiros 30 dias, 40% dos pacientes no grupo com a presença de quedas já haviam referido ao menos um episódio, sendo esse percentual elevado para 78,4% em 90 dias, acrescentando-se o dado que quase metade dos pacientes no mesmo grupo (49,2%) não havia apresentado uma queda anterior nos últimos 12 meses. Foi evidenciada uma elevada taxa de lesões decorrentes do evento em 84,3% dos pacientes, sendo 74,41% delas uma fratura – que representa 32,4% do total de quedas. Em relação aos fatores de risco para quedas, acidente vascular encefálico, artrite reumatóide, tabagismo, perda auditiva, dependência parcial para atividades instrumentais, redução de mobilidade, incontinência urinária, dificuldade para cortar as unhas dos pés e histórico de quedas, apresentaram associação com o evento. Se mantiveram como fatores de risco independente para quedas após análise multivariada: a dificuldade para cortar as unhas dos pés (OR 1.98; IC 95%, 1.06 a 3.70; p=0.031) e histórico de quedas anteriores (OR 2.31; IC 95% 1.36 a 3.90; p=0.002). Conclusão: Este trabalho evidencia que quedas após visita na emergência tem maior potencial de gravidade, com índices elevados de fraturas. Dessa forma, evidencia os fatores associados ao evento e reforça a emergência como ponto de partida essencial na identificação dos pacientes em maior risco para atuação direta, na tentativa de minimizar a ocorrência, reduzindo potencial de hospitalização, perda de funcionalidade e óbito consequentes. |