Formas de ser e habitar na publicidade imobiliária do Recife
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38338 |
Resumo: | Nesta pesquisa investigamos de que forma a cidade e a vida nela circunscrita são discursivizadas pela publicidade imobiliária. A partir de uma perspectiva foucaultiana, analisam os aproximadamente 4.000 anúncios imobiliários de imóveis verticais destinados às classes média e alta veiculados no jornal Diário de Pernambuco entre 1970 e 2006. Ao longo dessa temporalidade, algumas matrizes discursivas se fizeram perceber. A primeira delas é a ‘distinção’, que se materializa na menção à localização do imóvel (bairros nobres e proximidade de áreas verdes e/ou f rentes d’água), especificação do número de cômodos, materiais utilizados na construção e associação entre a edificação e uma marca (construtora, incorporadora, imobiliária). A segunda matriz é a ‘valorização da propriedade privada’, associada ao suposto desejo de se comprar a casa própria e suas condições de financiamento. A terceira matriz diz respeito ao ‘isolamento/enclausurament o e segurança’, e relaciona se ao sentimento de medo em relação ao espaço público e à exaltação dos espaços de lazer internos à edificação. Percebemos que, à medida que uma governamentalidade neoliberal se solidifica no país, há uma intensificação da associação da moradia ao enclausuramento e à financeirização da vida. Assim, defendemos que a publicidade imobiliária atua como um dispositivo biopolítico, que coloniza espaços e formas de vida. |