Um estudo da relação entre o patrimônio cultural mundial da cidade de Olinda-PE e a gestão municipal da orla : análise documental e espacialização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: TEIXEIRA, Meyriane de Mira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50795
Resumo: Desde o século XV a colonização por potencias europeias ocidentais se deu a partir do litoral, tanto como via de entrada e saída de bens e pessoas nas terras recém anexadas a seus impérios quanto como espaço de ocupação permanente, existe um extenso e diverso patrimônio arquitetônico e cultural costeiro ainda fortemente presente nas cidades. Esse caso tão comum em toda a América e também na África e Ásia pode ser exemplificado pela cidade pernambucana de Olinda. Esse patrimônio, sobretudo o arquitetônico tanto foi preservado quanto evoluiu com as cidades e ambientes costeiros nos mais de 500 anos desde o início de sua construção. Para sua continuada existência e segurança para as próximas gerações, é necessário que receba tratamento diferenciado nos planos e ações municipais, estaduais e federais. Sendo assim, este trabalho se propõe a identificar unidades patrimoniais em Olinda que estejam potencialmente localizados no âmbito das ações do Projeto ORLA e da gestão municipal de praias urbanas, analisando-os e propondo opções de indicadores de gestão para os mesmos. São apresentados aqui 12 candidatos a serem utilizados como experimentos de gestão costeira integrada da orla através de projetos que valorizem e contribuam na sua preservação e uso pela população local e visitantes/turistas. As unidades patrimoniais abordadas neste trabalho datam de 1631 a 2001, sendo prédios públicos e privados, duas praças, um forte, três igrejas, uma estátua e um parque natural de restinga. Dos doze itens eleitos para este estudo, sete encontram-se em uma área onde haverá intervenção direta do Projeto Orla e do Termo de adesão a Gestão de Praias - TAGP, quando aprovado. Outros quatro estão na área de influência indireta e apenas um em área onde incidem apenas diretrizes do Plano Diretor da Cidade. São feitas sugestões de indicadores para monitoramento da evolução de sua gestão, assim como possibilidades de sua integração nos planos oficiais existentes para esse território. Embora Olinda conte com planos de ordenamento territorial urbanos e de usos da orla marítima, inclusive e especialmente para praias, o patrimônio histórico-cultural presente nesses espaços é considerado de forma acanhada, o que pode ser resultado de diversos processos, como por exemplo a necessidade constante de ações que atendam outras prioridades combinada com a crônica escassez de recursos públicos. Assim, mais uma vez, confirmando o lugar menos privilegiado que ocupa a história e a cultura em nosso cotidiano urbano moderno.