Transformações territoriais e os efeitos sobre as vulnerabilidades às inundações na Bacia Hidrográfica do Rio Paratibe - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BOTELHO, Ismael Batista
Orientador(a): SOUZA, Werônica Meira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49815
Resumo: A bacia hidrográfica do rio Paratibe (BHRP) abrange trechos dos municípios de Abreu e Lima, Camaragibe, Olinda, Paudalho, Paulista e Recife. Historicamente, o processo de ocupação do solo em Pernambuco teve seu caráter litorâneo, sendo hoje essas áreas as com maiores concentrações populacionais. Assim sendo, é possível afirmar que as áreas com maiores pressões antrópicas da BHRP são o seu estuário e planície, abrangendo partes dos municípios de Olinda e Paulista. Tais pressões antrópicas têm se intensificado nos últimos anos, através de aterramentos, alterações em cursos d’águas, entre outras questões, tem exposto a população a uma nova realidade muito além de um crescimento urbanístico proposto. Desta forma, esta pesquisa tem como objetivo avaliar o processo histórico recente de uso e ocupação do solo na BHRP e sua relação com a atual problemática de vulnerabilidades às inundações. A metodologia se baseou na utilização de técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, para isso foram adquiridos e organizados um conjunto de base de dados cartográficos que posteriormente foram compatibilizados em ambiente SIG. Assim sendo, foi desenvolvida uma reavaliação do limite da BHRP e suas definições quanto à rede de drenagem e hipsometria; análise multitemporal do processo de uso e ocupação do solo para os anos de 1974, 1997 e 2020; utilizou-se mapeamento de susceptibilidade proposto por Carvalho (2011) e CPRM (2014) para definir as áreas onde haja probabilidade dos eventos das inundações variando de baixa a alta; por fim, foram desenvolvidas as abordagens de análise das vulnerabilidades globais aos eventos das inundações, partindo das vulnerabilidades socioeconômicas baseadas em Goerl, Kobiyama e Pellerin (2012) e posteriormente abordando os aspectos das vulnerabilidades institucional, física (locacional) e ambiental (ecológica). Dentre os resultados, se constatou que a BHRP apresenta uma área diferente do que a CPRH (2003) e Carvalho (2011) definiram; que as mudanças de uso e ocupação do solo ao longo dos últimos anos e as transformações territoriais recentes impactaram de forma bastante acentuada a dinâmica natural e expos boa parte da população da bacia aos efeitos das inundações. Concluiu-se também que em Paulista os bairros de Jardim Maranguape, Maranguape I e II, Nobre, Centro, Arthur Lundgren I, Jardim Velho, Fragoso, Jardim Paulista, Paratibe e Janga; e em Olinda os bairros de Rio Doce, Jardim Atlântico, Casa Caiada, Fragoso, Tabajara, Ouro Preto, Bultrins e Bairro Novo como os ambientes mais vulneráveis aos eventos das inundações, podendo ser potencializado ainda mais pelas transformações territoriais recentes e que estão propostas na bacia.